A análise preliminar dos dados do gravador de voz da cabine do avião da Voepass, que caiu em Vinhedo, no interior de São Paulo, revela que o copiloto Humberto de Campos Alencar e Silva pediu para que o piloto aumentasse a potência da aeronave na tentativa de evitar a queda. O acidente, ocorrido na sexta-feira, 9 de agosto, deixou 62 pessoas mortas e é o mais grave desde a tragédia com o voo da TAM em 2007, que vitimou 199 pessoas.
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De acordo com informações divulgadas pelo Jornal Nacional da TV Globo, na quarta-feira, 14 de agosto, o copiloto questionou o piloto Danilo Santos Romano sobre o que estava acontecendo quando percebeu que a aeronave estava perdendo sustentação. A gravação capturou cerca de dois minutos de conversa entre os pilotos, antes de ser interrompida por gritos nos segundos finais, enquanto o avião caía.
A investigação está sendo conduzida pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), um órgão da Força Aérea Brasileira (FAB) responsável pela análise de acidentes aéreos. O Laboratório de Leitura e Análise de Dados de Gravadores de Voo do Cenipa conseguiu transcrever aproximadamente duas horas de conversas da cabine. No entanto, devido ao alto nível de ruído causado pelas hélices próximas à cabine no modelo de avião ATR 72-500, a compreensão completa dos diálogos foi prejudicada.
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Até o momento, os investigadores não conseguiram identificar a causa exata do acidente. Não foram detectados sons de alertas relacionados a incêndio, falha elétrica ou pane no motor. De acordo com os investigadores consultados pela reportagem, o copiloto chegou a sugerir ao piloto que aumentasse a potência para estabilizar a aeronave, mas os esforços para evitar a tragédia foram em vão.
A FAB informou que nenhum material relacionado às caixas-pretas, como áudios ou transcrições, foi divulgado à imprensa até agora. O relatório preliminar sobre o acidente deve ser finalizado nos próximos 30 dias, quando as primeiras conclusões oficiais serão apresentadas.
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