A invasão da Rússia à Ucrânia já perdura por mais de um mês. Em 24 de fevereiro Vladimir Putin invadiu o país alegando que faria uma operação militar especial. No entanto, o que vemos em 36 dias de conflito é uma guerra de proporções catastróficas. A agenda de Putin se concentra em objetivos centrais de controle econômico e comercial do país. Para isso, ele pretendia dominar territórios que lhe dessem caminho para seus objetivos. A tomada de Kiev fazia parte do plano para desestabilizar o governo ucraniano e dominar do centro para fora. No momento, os planos russos seguem outros cursos. Com a derrota na capital, as tropas russas se direcionam e se reagrupam para a região de Donbass, no leste da Ucrânia.
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Os atritos entre os países não são novos. Desde 2014 existe um conflito na região, e radicais separatistas russos já estavam instalados em Luhansk e Donetsk. Esse foi também o ano da tomada da Crimeia. Movimento que não foi reconhecido mundialmente. Atualmente anexadas como duas repúblicas separatistas, as regiões são tomadas por separatistas russos. O termo chave para este conflito é politização. Enquanto o governo ucraniano os classifica como “invasores e ocupantes”, a Rússia os declara como uma espécie de milícia que tenta se proteger dos “abusos” de Kiev.
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Já em 2014 o conflito armado gerou mais de 14 mil mortes. Segundo o governo ucraniano, cerca de 1,5 milhão de pessoas foram forçadas a deixar suas casas e se restabelecerem em outras regiões próximas, que fossem ainda ucranianas. Diante disso tudo, o presidente russo cedeu cidadanias russas para separatistas em tal região, e foi acusado pela OTAN de estar reconhecendo o território. Putin acusa o governo ucraniano de violar direitos dos russos, e pouco antes da invasão em fevereiro, contestou o que ele chamou de genocídio ocorrido em Donbass. Um conflito ideológico e político com consequências graves.
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