A notícia de que uma funcionária com câncer foi demitida do SBT, revelada com exclusividade por esta coluna, e estaria amedrontada com o futuro de seu tratamento pegou a presidente da emissora e filha de Silvio Santos, Daniela Beyruti, de surpresa.
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Através de uma publicação nas redes sociais, na segunda-feira (6), a comandante da empresa familiar falou sobre o caso: “Não estou sabendo disso. Vou investigar”.
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O SBT realizou na segunda-feira (6) uma nova onda de demissões e promete uma “reestruturação” no seu setor jornalístico. Ao todo, cerca de 10 profissionais foram desligados, como a apresentadora Márcia Dantas. Em meio aos cortes, uma funcionária que enfrenta um câncer desde 2019 e precisa de um remédio de mais de R$ 40 mil para sobreviver foi para a rua. Desesperada, ela desabafou à coluna.
A jornalista de 48 anos, que pediu para não ser identificada com medo de retaliações, atuava na produção do SBT Brasil e já teve passagens também pelo Primeiro Impacto. Ela enfrenta um câncer desde 2019. Por conta do convênio médico, conseguiu um tratamento no Hospital Sírio Libanês, um dos mais renomados do Brasil. Também por conta do convênio, ela teve acesso a um medicamento que impede que a doença se espalhe. Chamado lorbrena e indisponível no SUS (Sistema Único de Saúde), a medicação chega a custar até R$ 40 mil.
Sem o benefício oferecido pela empresa, a profissional não conseguiria manter o tratamento. “O remédio deu certo. Meu câncer inicial foi pulmão, e minha metástase é cérebro. Esse remédio controlou a doença, ele atua para o câncer não crescer e espalhar. Perder o convênio, pra mim, é uma sentença de morte. Fiquei apavorada, sem o convênio não consigo continuar o tratamento”, lamentou a profissional com exclusividade.
A coluna teve acesso ao relatório médico da jornalista. O documento aponta que a profissional tem diagnóstico de “adenocarcinoma de pulmão” e que, apesar da boa resposta ao tratamento, “apresentou nova progressão em sistema nervoso central com múltiplas pequenas lesões”. Além do câncer, a paciente também sofre de diabetes tipo 1.
A emissora vai manter o convênio médico por apenas seis meses. No entanto, depois desse período, o benefício se torna uma dúvida. A funcionária disse que a emissora disse que vai ver se pode manter o convênio, mas que ela teria que pagar. “Não tenho essa condição. Eles falaram que não tem obrigação de manter o convênio, mas como o médico do trabalho não viu isso? Disseram que eu não tenho câncer por causa do SBT, mas eu desenvolvi a doença enquanto estava no SBT. Pedi pelo amor de Deus pra me deixar com o convênio, senão posso morrer. Eu tenho uma filha de 9 anos”, lamentou a profissional.
Contratado no mês passado, Leandro Cipoloni, novo diretor nacional de jornalismo do SBT, realizou uma série de demissões na emissora criada por Silvio Santos na manhã de segunda-feira (6) e, entre os nomes cortados, está o de Cilene Frias, que atuava como chefe de redação do jornalismo SBT em São Paulo. A saída da número dois do jornalismo do SBT se junta à demissão da apresentadora Márcia Dantas, oficializada também na manhã de ontem.
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