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    Indignados, famosos criticam a lei que proíbe o casamento homoafetivo aprovada em Comissão na Câmara

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    Após a Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara dos Deputados aprovar um projeto de lei que proíbe o casamento homoafetivo e a união estável entre pessoas do mesmo gênero na noite desta última terça-feira (10), muito famosos ficaram revoltados com o resultado de 12 votos a 5.  

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    Agora, o texto segue para as comissões dos Direitos Humanos e Constituição e Justiça da Câmara. 

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    Entre os famosos, estão: Gil do Vigor, Felipe Neto, Marcella Rica e Maria Gadú e o casal Aline Wirley e Igor Rickli que foram em suas redes sociais expressar seu repúdio à decisão.  

    “Com tanta coisa no nosso país acontecendo, desastres naturais, tanta violência, tanto desemprego, fome e os deputados estão preocupados em debater lei para tentar retroceder os direitos da comunidade LGBTQIA+. Nós temos direito de ser felizes! Nós estamos passando por um momento em que era para estar todo mundo focado em algo maior, isso é um absurdo!”, disse o economista Gil do Vigor.

    Já a atriz Marcella Rica, disse que a decisão é absurda.

    “Eu não vou conseguir falar sobre isso do jeito que eu gostaria agora. Acho que o Gil fez isso de um jeito muito autêntico, que bate mesmo uma revolta, uma angústia muito ruim de ver que a gente mora nesse país que anda para trás e que ainda, em 2023, é o país que mais mata LGBTs no mundo inteiro”, disse a artista.

    Marcella ainda criticou o fato de muitas pessoas “usarem a Bíblia como argumento para legitimar um discurso de ódio” e incentivar o preconceito. A loira ressaltou que as pessoas estão perdendo o foco de temas mais relevantes.

    “Eu queria conseguir entender o que interfere na vida de alguém o fato de eu querer casar com a mulher que eu amo e ter meus direitos garantidos? O que isso agride a vida de alguém?”, questionou.

    Já a cantora Maria Gadú comentou o assunto:

     “Cuidem da vida de vocês. Cuidem das famílias de vocês. Bando de machos querendo ditar sobre vidas sempre. Abandonam suas filhas e filhos e ainda têm a pachorra de se acharem no direito de decidir sobre o amor alheio”, disse a artista.

    “Não passarão. Vamos nos casar, vamos criar e amar nossas crianças. Nós dizemos sim ao casamento, sim à maternidade, sim ao amor.”

    “Se alguém ainda não entendeu, eu explico rapidamente: esse reconhecimento do estado civil de casamento de pessoas do mesmo gênero é extremamente importante. As pessoas vivem, convivem, dividem e possuem bens. A gente está vivendo um retrocesso horroroso, temo muito por como isso vai afetar o processo de adoção no Brasil e a gente não pode permitir esse fundamentalismo religioso.”

    Já o casal Aline Wirley e Igor Rickli, assumidamente bi, também se pronunciaram: “Um retrocesso, um absurdo”, disse a cantora. Já o ator disse: “Sem retrocesso… A luta pelo direito de ser livre só se intensifica!”

    Felipe Neto criticou o novo texto: “É um projeto natimorto, não tem a mínima condição de ser realizado. É só o Congresso querendo mostrar o que ele representa, que infelizmente é o retrato de uma parcela muito significativa do nosso povo. Acho que é um recado, eles querem dar um recado: ‘Nós estamos aqui e não vamos a lugar nenhum’”, disse o youtuber.

    Entenda o projeto

    O texto aprovado em votação proíbe qualquer união de pessoas do mesmo gênero e cria a possibilidade de que elas possam constituir “união homoafetiva por meio de contrato em que disponham sobre suas relações patrimoniais”.

    De acordo com o documento, a união homoafetiva entraria em um novo dispositivo legal, “a fim de permitir que pessoas do mesmo gênero possam, exclusivamente para fins patrimoniais, constituir união homoafetiva por meio de contrato”.

    Segundo o texto, as partes de uma união homoafetiva são consideradas “contratantes”, a união em si denominada como “contrato” e os dispositivos “casamento” e “união estável” ficam restritos às relações heteros.

    Na última sessão sobre o projeto, no mês passado, o relator, deputado Pastor Eurico (PL-PE), pediu mais tempo para apresentar uma nova versão do parecer. Isso foi feito por meio de um voto complementar apresentado minutos antes da abertura da sessão.

    “Qualquer lei ou norma que preveja união estável ou casamento homoafetivo representa afronta direta à literalidade do texto constitucional”, disse o Pastor Eurico.

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