Na tarde desta segunda-feira (14) será cremado, no cemitério de Formosa (GO), o corpo da policial civil da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam), Valderia da Silva Barbosa Peres, de 46 anos, que foi brutalmente assassinada com mais de 64 facadas no banheiro de casa, em Arniqueiras, região administrativa do Distrito Federal.
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Valderia atuava como chefe da Seção de Apoio Administrativo, Estatística e Informática da Deam 2.
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O crime aconteceu na tarde da última sexta-feira (11) e é o 23º feminicídio registrado na capital federal neste ano.
O principal suspeito do assassinato, é o ex-companheiro da vítima, o motoboy Leandro Peres Ferreira, de 46 anos, que está foragido após o crime que impressionou os investigadores do caso.
“Nunca vi uma situação tão brutal, tão horrível como essa. Quem tiver qualquer informação sobre esse autor pode ligar para o telefone 197, que todos os dados serão mantidos sob sigilo”, explicou a delegada-chefe da Deam 2, Letízia Lourenço.
Segundo a polícia, o criminoso, que é motoboy, teria sacado uma quantia razoável de dinheiro em espécie e deixou uma mala pronta com roupas e objetos pessoais, já pensando na fuga após matar a policial.
A investigação apontou ainda, que Leandro trabalhava como motoboy e teria aberto uma empresa de transportes e mudanças com a companheira. A sede do negócio ficava no mesmo local onde a vítima morava.
Filho encontra a mãe morta
Em depoimento, o filho da vítima, de 23 anos, disse que encontrou o corpo da mãe no banheiro da casa de Valderia, por volta das 12h30. Desesperado, ele acionou a polícia.
O rapaz disse ainda, que a última vez que se comunicou com a mãe foi por volta das 10h30 de sexta, quando a policial disse que estava voltando para casa.
Quando chegou ao endereço dela, o jovem chamou pela mãe, como de costume. No entanto, não recebeu resposta e teve um “mau pressentimento”.
O jovem relatou que correu até o quarto de Valderia, mas encontrou a porta fechada. Ele deu a volta na casa e foi à janela do cômodo, por onde pulou e conseguiu entrar. Nesse momento, viu o corpo da mãe caído no chão do banheiro.
A vítima estava vestida e apresentava um corte profundo no pescoço, com bastante sangue ao redor. Ele também viu outros ferimentos no corpo da mãe, mas contou que não teve coragem de olhar mais.
O filho de Valderia afirmou à polícia ter convicção de que o padrasto seria o autor do crime. O jovem relatou que a vítima e o ex-companheiro dela estavam em processo recente de separação. O suspeito tinha se mudado da casa da policial há cerca de um mês.
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