Felipe Neto acusou Jair Bolsonaro (PL) de manipular uma informação para despertar a fúria de seus apoiadores. O presidente compartilhou um tuíte do youtuber, em que ele opinava sobre o projeto de regulamentação das mídias sociais defendido por Luís Inácio Lula da Silva (PT), mas ocultou parte da publicação. O político ainda fez um trocadilho com as palavras do empresário para atacar o adversário. “Mentiroso, mau-caráter”, definiu o escritor.
Na postagem em questão, Neto pedia para os internautas pararem de “cair no papo que petista quer regular a internet. “O que o Lula quer fazer é um projeto de regulamentação das mídias. Isso existe nos Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha e vários outros”, escreveu. O influenciador ressaltou que o projeto seria debatido e aprovado pelo Legislativo –tanto na Câmara quanto o Senado.
Pouco depois, o chefe do Executivo compartilhou parte da mensagem, sem a menção aos outros países com propostas semelhantes e nem o papel do congresso. Na legenda, ele zombou das palavras do comediante.
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“Parem de cair no papo que o PT roubou. O que o PT fez foi praticar corrupção”, declarou. Ele pretendia mostrar a equivalência dos atos –para apontar que “regular a internet” e “regulamentar as mídias” são formas diferentes de fazer a mesma coisa.
Neto, então, fez um novo tuíte neste domingo (28) para detonar a estratégia do presidente. “Olhem a índole desse canalha chamado Jair Bolsonaro. Ele cortou o meu tweet e publicou com piada, para jogar seu público alienado contra mim, um cidadão comum. Por que não mostrou o resto do tweet, Jair? Mentiroso, mau-caráter”, afirmou.
A proposta de Lula foi mencionada em abril, durante uma entrevista à rádio Lagoa Dourada, de Ponta Grossa, no Paraná. Ele defendeu a “regulação” das mídias digitais para separar “o joio do trigo” e evitar a disseminação de fake news na internet.
Segundo ele, o problema acontece no mundo inteiro e não é um debate só nacional. Ele citou o “terrorismo” como uma “coisa muito grave na internet e que ainda não tem regulação e não tem controle”. De fato, Alemanha, Estados Unidos e Reino Unido tem legislações neste sentido.
Na sexta (26), Neto declarou publicamente o voto em Lula. Ele, que já havia trocado farpas com o atual mandatório por múltiplas vezes, justificou o voto como opção “contra o monstro genocida”.
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