Tiago Leifert decidiu se pronunciar após receber uma enxurrada de críticas por assumir que votará nulo nas próximas eleições presidenciais do país, previstas para acontecer em 2 de outubro, caso o segundo turno revele uma disputa entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL). O jornalista lamentou o que chamou de “tom professoral” dos internautas que o atacaram e disse que os críticos “se acham enviados do céu”.
“Uma coisa que me incomoda muito é o tom professoral, que são essas pessoas aqui da internet que, por terem um número alto de seguidores ou por escreverem em um portal grande, ou por escreverem para um jornal importante, se acham enviadas do céu, acham que desceram lá de cima para iluminar seres inferiores como eu e você”, começou Leifert em um vídeo publicado no Instagram.
“As pessoas vêm para te instruir e me instruir. Para ensinar para nós o que a gente deve pensar, o que a gente deve fazer. Todas as críticas vieram nesse tom professoral”, afirmou o jornalista, que chegou a trocar farpas com Felipe Neto por causa da declaração sobre o voto nulo.
“Fui chamado de covarde, i m b e c i l, b u r r o, falaram que eu não sei nada sobre a vida, que eu preciso aprender. Por que eu não posso falar o que eu penso? Por que, ao dizer o que eu penso, eu sou xingado?”, questionou o apresentador.
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Leifert defendeu o próprio voto nulo durante uma entrevista ao podcast Cara a Tapa, comandado por Rica Perrone. Ainda no pronunciamento após a repercussão de sua fala, o jornalista reconheceu que cometeu um erro ao se abrir sobre as eleições durante a conversa. “Eu cometi um erro grave: eu falei como eu penso politicamente”, avaliou.
O ex-apresentador do BBB, da Globo, classificou as atitudes dos críticos da internet como “antidemocráticas” e afirmou que tais pessoas estariam lutando contra a democracia, não a favor dela.
“Olha que coisa curiosa: as pessoas que vieram defender a democracia, que falam que eu sou uma ameaça à democracia porque vou votar nulo, elas são as primeiras a dizer que você é um imbecil, idiota porque você pensa diferente delas. Na minha cabeça, isso é a coisa mais antidemocrática do mundo”, avaliou.
“Me pareceu sabe o quê? Polícia dos costumes, uma polícia virtual dos costumes que fica com o cassetete na mão esperando alguém discordar. […] Se você acha que a democracia está sob ameaça, você não pode defender a democracia se transformando também em uma ameaça a ela, tentando silenciar o debate e humilhar quem pensa diferente. É o básico”, completou.
Por fim, Leifert admitiu que não espera que o vídeo consiga interromper o fluxo de críticas. “Sei que não vai adiantar, sei que eu vou continuar sendo chamado de b u r r o porque não estou entendendo nada, mas confia em mim: eu estou”, declarou.
“É exatamente por isso que o país está dividido. Vocês [responsáveis pelos ataques e críticas] só ajudam a piorar a situação”, acusou Leifert, acrescentando ter a certeza de que parte dos eleitores se mantém calada, sem querer se pronunciar. “A gente precisa dar o direito das pessoas de falar o que elas estão pensando. Debater com calma. As pessoas às vezes não querem entender, não querem conversar.”
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