Intérprete de Juma em Pantanal, Alanis Guillen fez uma análise sobre a importância de abordar questões como o feminismo. Para a atriz, toda m u l h e r já sofreu ou vai sofrer algum tipo de importunação ao longo da vida. “Dizer que eu não sofri assédio é uma grande mentira”, lamentou.
“O assédio existe das formas mais bem estruturadas e veladas. Acho que toda m u l h e r sofreu, sofre e infelizmente sofrerá. O feminismo está aí pra gente lutar para que o respeito prevaleça”, reforçou ela, em entrevista à revista Glamour.
Juma, mesmo crescendo praticamente a parte do mundo em uma tapera, despertou a atenção –e não só de forma positiva– dos homens no folhetim de Bruno Luperi. Ela sofre com a obsessão de José Lucas (Irandhir Santos), mas mesmo assim tenta não perder a sua liberdade.
Alanis acredita que essa busca a aproxima da personagem. “Às vezes em que mais me sinto bonita é quando estou com meu coração alegre, apaixonada pela vida e por mim, e o estético é uma consequência”, explicou a atriz. “Acredito na beleza de estar em paz comigo, com minhas escolhas, com a minha vida”, acrescentou.
“Sou de comer bem, de beber muita água. Mas o chocolate dá hormônios maravilhosos da alegria”, admitiu, rindo. “Então, mais uma vez estou falando de liberdade, de respeitar as próprias vontades”.
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Alanis também explicou que interpretar a personagem a levou a entender outras problemáticas para além do feminismo, como a questão ambiental. “Estou nesse processo de entendimento, me colocando com os olhos mais atentos e com a escuta mais aberta”, avaliou. “
“Quebrei algumas bolhas, pois estar ali [no Pantanal] de fato é outra visão de tudo”, continua, lembrando que sua percepção sobre o local em que a novela é gravada mudou com o passar do tempo. “Da primeira vez, fui com meu olhar muito ingênuo para lá e acabei arrebatada por diversas situações que quebraram um pouco a minha ingenuidade. Acho que a gente se separa um pouco das questões ambientais, um grande erro, porque ela é nossa fonte de vida”, refletiu.
“Fui para o Pantanal achando que ia estar no paraíso, mas vi que todas aquelas terras têm donos, os pastos, a quantidade de bois, e todo o mecanismo daquele lugar. O caminho chegando era lindo, mas isso até você começar a ver carvão, tudo queimado, aquela secura, calor, bichos em busca de alimento e água”, lembrou.
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