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    Mãe de ex-ator mirim do filme de Gentili classifica ataques como ‘oportunismo’

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    Em meio às críticas ao filme Como se Tornar o Pior Aluno da Escola (2017), Luciana Pimentel classificou os ataques como “oportunismo”. A advogada e funcionária pública é mãe do ator Daniel Pimentel, protagonista do longa baseado no livro de Danilo Gentili.
    “É arte! É um lugar que dá emprego, foi uma produção super legal. Agora, gostar ou não gostar do filme é outra coisa. Achei muito exagerado. Li em algum lugar que O Poderoso Chefão [1972] matou tanta gente, como é que é? Aí não pode? É muito óbvio, acho de mau gosto e muito oportunista [essa repercussão]”, opinou Luciana em entrevista ao Notícias da TV.
    Para a advogada, os ataques são um “tiro no pé” dos próprios críticos pois, depois da repercussão, o longa entrou na lista dos filmes mais vistos da Netflix no Brasil. Além disso, Luciana destacou que o debate deveria ser feito em torno da política de classificação indicativa, e não do filme em si.
    “Independentemente de partido, não trabalho com político de estimação e esse presidente [Jair Bolsonaro] não é o presidente em que votei. Estou vendo uma palhaçada. Ano eleitoral, as coisas ficando para trás, a Ucrânia pegando fogo, e aí, por causa de uma cena [toda essa repercussão]? De repente, tá no Top 3 da Netflix e recebo um monte de mensagens: ‘É o filme do Dani? Vou assistir’. As pessoas começaram a assistir”, prosseguiu.
    “Estou achando isso uma coisa tão… Tantos comentários, mensagens de ódio. A gente tem funk tocando na rua de madrugada, mas será que este filme é que está fazendo apologia a alguma coisa?”, questionou.
    Luciana explicou que teve acesso ao roteiro antes das filmagens e que não se incomodou com o que leu. “Autorizei porque, de fato, não vi nada demais naquilo. Teve supervisão, sempre acompanhados. Era um set com muitas crianças. Na época, tivemos uma estreia sem crianças, porque elas não puderam ver o filme por causa da classificação indicativa”, relembra.

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    “Recebi mensagens dizendo que vão me processar criminalmente junto com o Danilo [Gentili] por ter exposto meu filho, mas não levo isso como ameaça. Numa quarta-feira de tarde, uma pessoa estar se preocupando em me processar criminalmente por uma cena de um filme que meu filho fez há cinco anos? Está faltando muito assunto”, provocou a advogada.
    Entenda o caso
    No domingo (13), uma cena do longa baseado no livro homônimo de Danilo Gentili irritou os apoiadores do presidente Jair Bolsonaro nas redes sociais. Nas imagens, o personagem Cristiano (Fábio Porchat) tenta abusar dos adolescentes Bernardo (Bruno Munhoz) e Pedro (Daniel Pimentel), mas não consegue.
    No Twitter, Mario Frias, secretário especial da Cultura, disse que o filme é uma “explícita apologia ao abuso infantil” e uma “afronta às famílias e às nossas crianças”. Anderson Torres, ministro da Justiça e Segurança Pública, afirmou que determinou “providências cabíveis para o caso” à pasta.
    Na terça-feira (15), o Ministério da Justiça e Segurança Pública determinou a censura do filme nas plataformas de streaming. Caso as plataformas não cumprissem a determinação, seria cobrada uma multa diária de R$ 50 mil. O longa segue disponível na Netflix, no Globoplay e no YouTube.
    Na quarta-feira (16), a pasta tomou uma nova decisão e mudou a classificação etária do filme de 14 para 18 anos.
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