Maria e Linn da Quebrada fizeram história no BBB 22 ao protagonizarem o primeiro beijo entre uma mulher e uma artista performática no programa. A atriz foi expulsa após bater com um balde na cabeça de Natália Deodato, e agora, fora do programa, se surpreendeu positivamente ao ver a boa recepção do público em relação a sua personalidade e a seus comportamentos na casa. Ela afirmou que quer conversar e retomar o relacionamento com Linn aqui fora.
“Estou aberta a conversar com qualquer pessoa do programa. Quero muito continuar a amizade que eu tinha com a Lina lá dentro. A gente tinha uma troca muito legal, uma identificação uma com a outra. É alguém com quem quero ter uma amizade. Eli [Eliezer Netto] e Lina são pessoas diferentes e com quem tive relacionamentos diferentes. Eu e ela temos nossos atravessamentos”, falou Maria em entrevista ao jornal O Globo.
“Eu já tinha ficado com outras mulheres trans. Nunca olhei muito para as pessoas e dividi em subgêneros. Fico com homens e mulheres. Se são cis ou trans são outros quinhentos. Lina e eu éramos muito livres, agíamos de acordo com as nossas vontades, depois voltávamos atrás, preocupadas com o lado externo, com as cobranças da sociedade. Achei bonita a forma como a edição transmitiu o beijo. Não nos expôs. Eu vi Lina preocupada com isso e me vi preocupada com ela também. Eu falava que a gente estava sendo a gente. Vi que o público acolheu de forma bonita”, apontou.
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Ao ler o que o público estava comentando nas redes sociais sobre sua participação, Maria gostou de saber que estava sendo vista como uma pessoa de atitude. “Vi muita gente falando que eu era muito bonita, que nenhum homem da casa rendia para mim.. Quando vi, aqui fora não estava essa fila toda. E aí tuitei que a camisa 10 estava sofrendo, não estava com contatinho nem nada. A pegação com Eli demorou para acontecer. Se dependesse dos homens da casa, não sei se ia. Que bom que tomei a iniciativa”, considerou.
Solteira, a atriz e cantora contou que não entrou na casa para divulgar alguma música ou trabalho na dramaturgia, mas sim para que o público conhecesse mais sua imagem. Ela acredita que esse objetivo foi atingido e agora quer dar atenção a novos projetos.
“O aumento do número do Instagram é positivo, principalmente porque eu tinha uma relação difícil com a internet. As pessoas não conseguiam criar uma conexão da minha imagem como artista com o que eu trazia como persona das redes, que era muito da minha essência. Elas não linkavam a pessoa que eu era no dia a dia com a da música e a da novela. Agora elas conseguem me entender”, disse ela.
“Claro que sempre vai ter gente para esculachar, mas aí são ossos do ofício. Entendo que faz parte da minha profissão essa exposição e o fato de as pessoas opinarem sem a gente pedir. Sei que preciso tomar cuidado para não absorver e colocar um filtro no que posso receber”, ponderou.
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