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    Gil do Vigor alfineta Bolsonaro: ‘Precisa do mínimo de preparo acadêmico’

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    Gil do Vigor, que já começou seu doutorado em economia na Califórnia, está curtindo um breve período de férias no Brasil e explicou algumas questões econômicas no programa de Serginho Groisman, no último sábado (08), causando polêmica ao alfinetar o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro. 

    “Aprendi que há muitas variáveis que afetam os preços, que é a inflação. A inflação é o quê? O preço do cuscuz, o preço do arroz. Não é só taxa de juros”, começou o economista. 

    Conhecido por falar de economia de maneira fácil, Gil ainda alfinetou os discursos do atual presidente, Jair Bolsonaro (sem partido) e explicou que até isso gera inflação para o país. “O discurso de um presidente vai gerar inflação. Se um presidente fala algo errado, nós temos investidores que estão de olho no Brasil. Tem várias coisas que podem acontecer dentro de um país que vai afetar a inflação. Se os investimentos param de entrar no Brasil, isso vai gerar inflação”, continuou. 

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    Estudando nos Estados Unidos, Gil falou que é questionado por seus colegas e professores sobre a atual situação do país quando se apresenta como brasileiro. “O Brasil está desandando muito em questões que não deveriam. O nosso cenário atual está muito incerto. Nos Estados Unidos, por exemplo, conversando com os meus amigos eles me perguntam por que o Brasil está desandando tanto na política”, contou. 

    Gil ainda criticou a falta de preparo de quem está no poder. Sem citar nominalmente Bolsonaro, ele falou que para estar no topo é preciso conhecimento. “Para colocar pessoas para cuidar do nosso país, elas precisam de preparo acadêmico. O mínimo necessário.” 

    E ainda falou da importância de pensar em quem está na base da pirâmide social. “Precisamos de pessoas que pensem no pobre. Não adianta o Brasil ser o país com o maior PIB, taxa de crescimento, se tem pessoas na miséria, passando fome, morrendo.” 

    Gil, que tem a meta de ser presidente do Banco Central, explicou seu posicionamento. “Como economista eu sei que coisas precisam ser feitas. Só cuidar de taxas de juros? Se o cenário político do Brasil não mudar, se a confiança do brasileiro nas pessoas que estão assumindo os cargos para nos representar não mudar, as coisas nunca vão pra frente.” 

    A gente tem que mudar na base. Quando a gente se humanizar e acabar com a miséria do Brasil, acabar com a fome, aí independentemente de PIB, de crescimento, o Brasil estará melhorando. 

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