Após virar alvo de críticas por se fantasiar de enfermeira no Halloween, Bruna Marquezine se pronunciou sobre o assunto. A atriz chegou a ser acusada pelo Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (Coren-SP) de “sexualizar a profissão”. “Friso aqui meu total respeito à categoria”, declarou a famosa por meio do Twitter.
O posicionamento da ex-namorada de Neymar foi publicado por ela na noite desta quarta-feira (3). “Jamais seria minha intenção causar qualquer desvalorização à classe na escolha de uma fantasia”, iniciou ela.
Em outro trecho, Marquezine destacou que costuma se dedicar a assuntos que envolvam os direitos das mulheres. “Lamento não ter tido conhecimento sobre esse tema antes, mas que essa discussão sirva verdadeiramente como oportunidade de aprendizado e transformação. Como artista e consequentemente pessoa pública tenho total conhecimento sobre o meu alcance e poder de influencia”, continuou a atriz.
Bruna também alertou seus seguidores sobre a importância de se olhar para outros aspectos que colaboram para que profissionais sejam sexualizadas quando estão exercendo suas atividades no ambiente de trabalho:
“Convido os órgãos competentes para uma reflexão profunda, e não pessoal, sobre como a indústria pornográfica, o machismo estrutural e a cultura do estupro são o verdadeiro cerne da sexualização e erotização das mulheres em qualquer uma das profissões.
Entenda a polêmica
Na última terça-feira (2), após Bruna Marquezine aparecer vestindo uma fantasia de enfermeira, o Coren-SP divulgou uma nota de repúdio nas redes sociais, reclamando sobre a sexualização das profissionais da Enfermagem.
“Fantasias de enfermeira desvalorizam o profissionalismo da Enfermagem. A Enfermagem é uma profissão que exige conhecimentos técnicos, anos de estudo e muito empenho e dedicação em seu cotidiano”, começou o conselho.
Além disso, por ser uma categoria predominantemente feminina, com mais de 80% de mulheres, sofre os impactos das desigualdades de gênero, o que inclui episódios de violência e assédio. Por esses e muitos outros motivos, é inadmissível que a fantasia de enfermeira, utilizada em carnavais, festas de Halloween e sátiras continue sendo tolerada pela sociedade, sobretudo por formadores de opinião.
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“O tema já foi alvo de intervenções do Coren-SP por diversas vezes, como no episódio em que as atrizes Giovanna Ewbank e Ingrid Guimarães humildemente se retrataram por terem se apropriado da imagem da profissão com conotação sexual”, relembrou a instituição.
“Deparamos-nos nas recentes celebrações de Halloween com a atriz Bruna Marquezine fantasiada do que a mídia chamou de ‘enfermeira sexy’. Também com postagem de influenciadoras como Cátia Damasceno, que fez uma enquete para que os seguidores escolhessem sobre a fantasia de mulher gata ou ‘enfermeira bem sexy'”, citou.
“Repudiamos veementemente essa conduta, pois ela incentiva a sexualização de uma categoria que há décadas luta por valorização e respeito. São trabalhadoras que enfrentam sucessivas jornadas de trabalho, em seus lares e no cotidiano profissional e que não merecem ou devem ser estereotipadas dessa forma”, criticou o Conselho Regional de Enfermagem paulista.
“O Coren-SP defende que todo o humor e diversão são válidos desde que não prejudiquem ou provoquem qualquer impacto negativo na vida do próximo. Por isso faz um apelo à sociedade e aos formadores de opinião: respeitem e valorizem as mulheres da Enfermagem”, concluiu.
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