Nesta sexta-feira (23) o ator Wagner Moura conversou com o Pedro Bial e falou sobre os motivos que atrasaram a estreia do filme “Marighella”. Durante o programa, o artista contou que a produção estava prevista para chegar aos cinemas no começo do ano de 2019, porém a produtora O2 Filmes teve alguns problemas com a Ancine. É importante ressaltar que a obra irá contar a história de Carlos Marighella, um político guerrilheiro que lutou contra a ditadura militar nas décadas de 1960 e 1970.
“O filme estrearia no início de 2019, ali no começo do governo Bolsonaro. Quando a gente quis estrear no início do ano, dois pedidos da produtora do filme, O2, foram inesperadamente recusados pela Ancine”, contou Wagner Moura.
“Esse pedido havia sido feito em várias outras ocasiões. Quando os pedidos foram negados os filhos de Bolsonaro comemoraram na internet […] Bolsonaro parou a vida dele de presidente pra gravar um vídeo falando mal do filme, de mim”, relembrou ele.
Wagner ainda deixou claro que acredita que a produção passou por um tipo de censura: “Não tenho nenhum problema em dizer que nós fomos vítimas de censura. Não a censura que havia durante a ditadura em que você tinha que mostrar trabalho para o censor […] Mas uma censura que inviabilizou a existência do filme”, afirmou ele.