Marcius Melhem pediu à Justiça a censura de uma nova reportagem da revista Piauí que apresentava outras denúncias de assédio contra ele. O comediante teve seu pedido aceito. Nesta quarta-feira (25), o jornalista João Batista Jr. desabafou sobre a decisão judicial em um texto publicado na revista. Melhem afirmou que não pediu censura e que o jornalista está mentindo.
Batista foi o responsável pela primeira matéria que expôs supostos crimes cometidos pelo ex-diretor de Humor da Globo, que, quando ainda ocupava cargo de chefia, teria tido comportamento inadequado com Dani Calabresa e outras funcionárias da emissora.
“Desde o dia 12 de agosto, a Piauí está proibida de publicar uma reportagem sobre os desdobramentos do caso Marcius Melhem, o humorista acusado de assediar pelo menos oito figuras femininas, todas colegas de trabalho”, começou o repórter na matéria intitulada “Marcius Melhem e censura à Piauí”.
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No texto, o jornalista explicou que entrou em contato com Isabela Abdala, assessora de imprensa contratada por Melhem, em 5 de agosto para apurar novas denúncias e pedir uma entrevista com o ex-diretor da Globo.
“Abdala pediu que as perguntas fossem enviadas por escrito. Mandei seis questões e dei um prazo de cinco dias para receber as respostas. No dia 10 de agosto, terça-feira, encerrado o prazo inicial, Abdala pediu mais tempo. Consegui um prazo [maior] e mandei uma sétima pergunta para o humorista”, relatou ele.
“Enquanto negociava mais tempo para responder à Piauí, Marcius Melhem, por meio de seus advogados, entrou na Justiça para pedir que a revista fosse submetida a censura prévia e, assim, impedida de publicar a reportagem em apuração. No dia 12, a juíza Tula Corrêa de Mello, da 20ª Vara Criminal da Justiça do Rio de Janeiro, acatou o pedido de Melhem”, escreveu Batista.
“[A juíza] determinou ‘a suspensão, pelo tempo que durarem as investigações, da publicação de matéria na revista Piauí ou seu respectivo site’. Em caso de descumprimento da medida judicial, a juíza estabeleceu multa de R$ 500 mil, além do recolhimento dos exemplares da revista nas bancas e da remoção da reportagem do seu site”, denunciou o jornalista.
“Também mandou investigar o vazamento. No direito criminal, a guarda de sigilo judicial cabe aos funcionários da Justiça e às partes envolvidas no processo, e não aos jornalistas”, completou.
No Twitter, Marcius Melhem se pronunciou e negou a acusação. “É mentira que eu pedi censura à revista Piauí. Repito: é mais uma mentira de João Batista Júnior que eu tenha pedido censura à publicação de matéria da revista Piauí”, declarou o comediante.
“[Estou] Entendendo aqui o que a Justiça me permite dizer sobre isso. Esclareço em breve”, avisou o ex-funcionário da Globo, que retomou logo em seguida. “Piauí e seu repórter mentem mais uma vez. É mentirosa e covarde a afirmação de que pedi que a revista Piauí fosse censurada! Mais uma vez João Batista Júnior usa de mentiras pra tentar comprovar sua tese de que sou um assediador”, acusou Melhem em uma série de tuítes.
“A investigação aberta no MP [Ministério Público] corre sob sigilo judicial. Eu não posso comentar sobre nenhum detalhe das investigações. Para tornar tudo mais fácil para João Batista mentir à vontade, ainda não está no momento da minha defesa. Ou seja: ele quer vazar uma investigação que – nesse momento – só tem acusação”, continuou o humorista.
“[Ele] Me manda perguntas que a Justiça me proíbe de responder. Tem como a cilada ficar mais clara? Duvido que se lá estivessem as minhas respostas e provas João Batista publicaria nova matéria”, entendeu ele.
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