Apicultores da França estão surpresos com a recente aparição de mel em tonalidades incomuns, como azul, verde e marrom.
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Esse fenômeno ocorreu em Ribeauvillé, cidade localizada na região da Alsácia, no nordeste do país.
Embora seja um fato curioso, os produtores locais temem prejuízos, pois a coloração incomum pode dificultar a comercialização do produto.
Buscando respostas, o sindicato dos apicultores da região iniciou uma investigação para determinar a causa dessa anomalia.
Durante a análise, identificaram uma usina de reaproveitamento de resíduos situada nas proximidades.
Com isso, operada pela empresa Agrivalor, essa unidade transforma restos de produtos alimentícios em biogás e outros derivados. Curiosamente, foram detectadas grandes concentrações de substâncias com as mesmas cores observadas no mel.
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Alain Frieh, presidente do sindicato local de apicultores, sugeriu em entrevista ao jornal “Le Monde” que a coloração do mel pode estar associada a um dos produtos reciclados pela usina.
De acordo com ele, resíduos da indústria de confeitaria, especialmente os provenientes da Mars – fabricante dos chocolates M&M’s – poderiam ter contaminado as colmeias, resultando em tons vibrantes no mel.
Apesar do mistério ter sido parcialmente resolvido, os apicultores enfrentam desafios. O mel com cores inusitadas não atende aos padrões de mercado, comprometendo sua venda.
Além disso, a situação levanta questões sobre o impacto ambiental do descarte de resíduos industriais na natureza e na produção de alimentos.
Para evitar novos episódios, os produtores buscam soluções em conjunto com as autoridades locais.
Entre as alternativas, está a implementação de barreiras físicas para impedir o acesso das abelhas aos resíduos industriais e a adoção de protocolos mais rigorosos para o descarte de produtos pela usina.
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