Um caso intrigante envolvendo o especialista em inteligência artificial (IA) brasileiro, Rodrigo Nogueira, chama a atenção para a disputa global em torno da tecnologia de IA. Nogueira, CEO e fundador da “Maritaca AI”, teve seu visto para os Estados Unidos (EUA) negado na última quarta-feira (12), impedindo-o de entrar no país para ministrar uma palestra na Universidade de Harvard.
Rodrigo Nogueira é um engenheiro elétrico com experiência em IA e fundou a Maritaca AI em 2022. A empresa é especializada em modelos de linguagem, como o ChatGPT, e oferece soluções para clientes brasileiros. Nogueira havia sido convidado para falar sobre sua pesquisa e experiência em IA no painel “Inteligência Artificial no Brasil”, organizado por professores brasileiros da Universidade de Harvard.
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A negativa do visto ocorreu após uma entrevista no consulado dos EUA em São Paulo, onde Nogueira foi questionado sobre sua pesquisa e viagens, incluindo uma viagem à Taiwan para apresentar um artigo e dar uma palestra. Segundo ele, a conversa mudou de tom quando mencionou sua atuação em IA e a viagem à Taiwan. O consulado solicitou documentos adicionais, incluindo sua tese de doutorado e artigos publicados, e, posteriormente, negou o visto sob a sessão 221 (g), que permite a análise adicional dos documentos.
Nogueira acredita que sua atuação em IA e a viagem à Taiwan foram fatores determinantes para a negativa do visto. Ele também mencionou que algumas de suas postagens no LinkedIn, onde defende a criação de uma IA brasileira para não depender de outras nações, podem ter contribuído para a decisão. A Maritaca AI é uma startup que oferece soluções de IA para clientes brasileiros e tem mais de 100 clientes no país.
A negativa do visto pode ter consequências para a palestra que Nogueira estava programado para ministrar em Harvard. O evento era agendado para o dia 18 de abril e pode ser realizado online após o ocorrido. No entanto, Nogueira está considerando não participar em protesto contra a decisão do governo dos EUA.
A embaixada americana no Brasil e o consulado dos EUA em São Paulo se recusaram a comentar sobre o caso, citando a política do governo dos EUA de não discutir casos individuais de visto.
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