O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reforçou na quinta-feira (24) a necessidade de uma ação conjunta para a taxação dos super-ricos. Segundo ele, é essencial que as nações atuem em parceria para garantir que os detentores de grandes fortunas paguem sua “cota justa em impostos” como forma de combater a desigualdade global.
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“Devemos agir juntos para garantir que os super-ricos paguem sua cota justa em impostos, de modo a combater a desigualdade”, declarou Haddad durante a abertura da reunião ministerial do G20 em Washington, capital dos Estados Unidos.
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Este é o último encontro dos ministros de finanças do G20 sob a presidência brasileira, além de marcar a despedida de Haddad na liderança do grupo. Em 2025, a presidência do G20 será assumida pela África do Sul.
A taxação dos super-ricos é uma das principais bandeiras defendidas pelo Brasil durante sua presidência do G20. A proposta visa a criação de um sistema tributário internacional voltado para a justiça fiscal.
A medida, idealizada pelo economista francês Gabriel Zucman, propõe um imposto mínimo de 2% sobre a riqueza dos bilionários em todo o mundo, com potencial de arrecadar entre US$ 200 e US$ 250 bilhões por ano. Estima-se que a nova tributação possa atingir cerca de três mil pessoas com grandes fortunas.
Apoio de Lula
Na 16ª Cúpula dos Brics, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também manifestou apoio à ideia de taxar grandes fortunas, com o objetivo de reduzir desigualdades sociais e fiscais em escala global.
“Quero agradecer o apoio que os membros do grupo têm estendido à presidência brasileira do G20. Seu respaldo foi fundamental para avançar em iniciativas que são cruciais para a redução das desigualdades, como a taxação de super-ricos”, afirmou o presidente.
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