Em 2023, 14,7 milhões de brasileiros deixaram de passar fome, reduzindo a insegurança alimentar severa de 17,2 milhões em 2022 para 2,5 milhões.
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Os dados são do Relatório das Nações Unidas sobre o Estado da Insegurança Alimentar Mundial (Sofi 2024), divulgado nesta quarta-feira (24).
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O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, expressou otimismo e acredita que o Brasil deixará o Mapa da Fome até 2026, durante o governo Lula. “Digo com segurança, no caminho que estamos, é possível, dentro do governo Lula, até 2026, sair do Mapa da Fome”, afirmou Dias.
Este é o primeiro ano em que o relatório foi divulgado fora de Roma ou Nova York, coincidindo com as reuniões do G20 e a apresentação da Aliança Global contra a Fome, iniciativa da presidência brasileira do G20 para erradicar a fome globalmente.
Em 2014, o Brasil havia saído do Mapa da Fome, mas retornou em 2021 devido ao aumento da insegurança alimentar. Dias destacou os programas do governo para erradicar a fome, como Bolsa Família, Programa Nacional de Alimentação Escolar e Programa de Aquisição de Alimentos.
O relatório também aponta que a insegurança alimentar severa no Brasil caiu de 8,5% no triênio 2020-2022 para 6,6% no triênio 2021-2023, representando uma redução de 18,3 milhões para 14,3 milhões de brasileiros.
Fome no Mundo
O relatório revela que uma em cada 11 pessoas no mundo pode ter passado fome em 2023, o que representa entre 713 e 757 milhões de pessoas. A previsão para 2030 é que 582 milhões ainda enfrentem desnutrição severa, com mais da metade na África.
Para combater a fome, o relatório enfatiza a necessidade de aumentar o financiamento privado e as parcerias público-privadas, além das fontes oficiais de financiamento. A FAO alerta que os custos da inação superam os custos da ação, destacando a urgência em alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) até 2030.
Durante o lançamento do relatório, QU Dongyu, diretor-geral da FAO, enfatizou a importância de garantir acesso ao financiamento para os mais vulneráveis. Ele destacou a necessidade de colaboração global e do envolvimento do setor privado para enfrentar os desafios alimentares.
G20
O G20, composto por 19 países e a União Europeia, representa 85% do PIB global, mais de 75% do comércio global e cerca de dois terços da população mundial. Esta é a primeira vez que o Brasil preside o G20 no formato atual, desde que os países começaram a revezar a presidência em 2008.
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