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    Federarroz apoia anulação de leilão para importação de arroz

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    A Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) considerou acertada a anulação do leilão público para a compra de arroz importado, devido à falta de necessidade de importação para abastecer o mercado interno. O leilão, realizado pelo governo, foi anulado na terça-feira (11) por dúvidas sobre a capacidade técnica e financeira das empresas vencedoras.

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    Segundo o presidente da Federarroz, Alexandre Velho, a importação de arroz a preços subsidiados poderia desestimular produtores nacionais e aumentar a dependência externa. Ele argumenta que isso seria prejudicial ao setor produtivo brasileiro, cooperativas e indústrias, levando a uma redução na área de plantio no próximo ano e maior dependência de um produto importado de qualidade inferior e custo igual ou superior ao nacional.

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    Velho destacou que os produtores brasileiros não conseguem competir com o preço subsidiado de R$ 4 por quilo prometido pelo governo para o arroz importado. Ele defende o uso de recursos para apoiar os produtores nacionais, evitando benefícios a produtores estrangeiros.

    A Federarroz afirma que não há risco de desabastecimento, com um aumento na área plantada e na produção esperada para 2024, além de uma redução nas exportações. A estimativa do IBGE aponta uma produção de 10,5 milhões de toneladas de arroz em 2024, um crescimento de 2% em relação a 2023.

    Uma reunião extraordinária da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Arroz está marcada para esta quinta-feira (13) para discutir uma posição unânime do setor contra a medida governamental.

    O Ministério da Agricultura e Pecuária defende o leilão como parte da política de estoques reguladores para evitar especulação de preços após a tragédia climática no Rio Grande do Sul. Um novo processo será realizado para a compra do cereal, sem data prevista.

    Nesta quarta-feira (12), o presidente da Conab, Edegar Pretto, determinou a abertura de um processo de averiguação dos fatos relacionados ao leilão e solicitou análises da CGU e da Polícia Federal para garantir transparência e segurança jurídica.

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