As inundações que devastaram o Rio Grande do Sul entre abril e maio deste ano tiveram um impacto brutal na vulnerabilidade social do estado. Além das perdas materiais e da dor das famílias deslocadas, os números oficiais revelam um cenário alarmante de empobrecimento.
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O número de famílias beneficiadas pelo programa Bolsa Família no Rio Grande do Sul disparou entre abril e maio. Em abril, eram 621.694 mil famílias recebendo o auxílio. Já em maio, esse número saltou para 641.422, um aumento de 3,17%.
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Esse crescimento no número de famílias no programa é reflexo direto da devastação causada pelas enchentes. Em Eldorado do Sul, por exemplo, município de 39,5 mil habitantes, o número de famílias no Bolsa Família subiu 20%. A cidade teve 80% da população atingida pelas inundações, segundo dados da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
O valor médio do benefício no estado em maio foi de R$ 674,30, o que significa que as famílias receberam um total de R$ 432,5 milhões. Apesar do auxílio, a situação das famílias atingidas pelas inundações ainda é crítica.
Desde o início do ano, a procura por inclusão no CadÚnico, porta de entrada para diversos programas sociais, aumentou expressivamente no estado. O presidente da Central Única das Favelas (Cufa) gaúcha, Júnior Torres, alerta para a necessidade de ações urgentes e inovadoras do poder público para atender às demandas da população.
“A gente não tem tempo nem espaço para burocracia. Precisamos pensar novas formas de estruturar políticas públicas que atendam à necessidade da população”, defende Torres. Ele ressalta que as inundações atingiram pessoas de diferentes camadas sociais, exigindo medidas abrangentes e eficientes.
O caso das inundações no Rio Grande do Sul expõe a fragilidade da rede de proteção social no Brasil e a necessidade de políticas públicas mais eficazes para lidar com desastres naturais e seus impactos sociais. É fundamental que os governos federal, estadual e municipal unam esforços para garantir o bem-estar das famílias atingidas e reconstruir as comunidades afetadas.
Além do auxílio financeiro imediato, medidas como a reconstrução de moradias, a geração de renda e o apoio psicológico também são essenciais para ajudar as vítimas das inundações a se reerguerem e seguirem em frente.
A sociedade civil também pode contribuir nesse processo de reconstrução, doando alimentos, roupas, materiais de higiene e outros itens de primeira necessidade para as famílias afetadas. A união de todos é fundamental para superar este momento difícil e construir um futuro mais justo e resiliente para o Rio Grande do Sul.
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