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    Preços de alimentos caem nas Ceasas, aponta Conab

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    Os preços de produtos como batata, banana, laranja e melancia estão em queda nas centrais de abastecimento do país (Ceasas), conforme levantamento divulgado nesta segunda-feira (20) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

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    Com base nos preços cobrados no atacado, o 5º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort) mostra que o preço da batata caiu pelo segundo mês consecutivo, na comparação entre março e abril, mesmo com a menor oferta do produto no mercado. A maior redução foi registrada na Ceasa de Santa Catarina, com uma queda de 25,1% em relação a março, devido à diminuição da demanda pela batata.

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    No entanto, a Conab alertou que esse comportamento pode não se repetir em maio. “No início deste mês, a média dos preços nas Ceasas está acima da praticada em abril”, informou a Conab, destacando que o período de entressafra do tubérculo pode estar começando, já que a safra das águas está terminando e a safra da seca/inverno ainda não é forte o suficiente para pressionar os preços para baixo.

    O preço da banana também diminuiu devido ao aumento da oferta, especialmente da variedade nanica do Vale do Ribeira em São Paulo, do norte de Minas Gerais e do norte de Santa Catarina. Esse incremento também pressionou os preços da banana-prata. A Conab prevê que a chegada de uma boa safra em junho poderá diminuir ainda mais os preços das bananas prata e nanica.

    A queda nos preços da laranja e da melancia está relacionada ao clima, já que a demanda por essas frutas costuma cair nos dias frios, pressionando os preços para baixo.

    Outras frutas e hortaliças analisadas no Boletim Prohort ficaram mais caras no último mês. No caso da alface, as chuvas nas regiões produtoras até o meio do mês passado impactaram a oferta e elevaram os preços. Para a cenoura, a alta nos preços interrompeu dois meses de queda, devido ao menor envio da raiz a partir de Minas Gerais, principal abastecedor, causando uma pressão de demanda sobre produções de outros estados.

    Cebola e Tomate

    O preço da cebola vem subindo desde outubro do ano passado, exceto em janeiro, quando houve uma queda. Com o término da safra em Santa Catarina, o abastecimento passou a depender dos estados de Goiás, Minas Gerais e Bahia, o que normalmente resulta em queda de preços devido aos menores custos de transporte.

    Apesar do aumento na quantidade de tomate enviada aos atacados em abril, os preços não diminuíram, uma vez que a produção está na entressafra e a safra de verão ainda não foi compensada pelo início da safra de inverno.

    Frutas

    No caso das frutas, o boletim registrou alta nos preços da maçã e do mamão. A colheita da maçã gala e seu armazenamento foram finalizados com menor volume colhido e, portanto, menores estoques. A colheita da maçã fuji foi lenta devido às chuvas na Região Sul, especialmente no Rio Grande do Sul. A oferta de mamão também caiu nas áreas produtoras da Região Sudeste.

    Comercialização

    A Conab também apresentou um balanço com dados de comercialização de frutas e hortaliças em 2023 nas 57 Ceasas do país. No ano, o setor movimentou 17,4 milhões de toneladas de produtos hortigranjeiros, resultando em R$ 66,7 bilhões comercializados, um aumento de 4,73% no volume e 9,6% no valor em comparação com 2022.

    As Ceasas do Sul foram as únicas a apresentar redução no volume (-4,94%) e no valor (-1%) transacionados em comparação a 2022, devido aos efeitos do El Niño e ao excesso de chuvas. As demais regiões apresentaram aumento tanto na quantidade comercializada quanto no valor transacionado.

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