Apesar das inundações no Rio Grande do Sul, o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Márcio de Lima Leite, afirmou nesta terça-feira (21) que ainda é cedo para avaliar os impactos no setor automobilístico. As dificuldades no acesso às empresas e a falta de informações precisas sobre a situação impedem uma análise detalhada.
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“Está difícil inclusive acessar a essas empresas. Em alguns fornecedores e empresas, a gente sequer sabe a profundidade do que ocorreu e, muitas vezes, nem eles mesmo sabem. Nesse momento, a gente não tem como avaliar a situação com maiores detalhes”, disse.
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Até o momento, não há registro de problemas graves na produção de veículos causados pelas enchentes. As empresas estão conseguindo se organizar com itens de estoque para contornar as dificuldades.
No entanto, a falta de informações precisas sobre a situação impede uma avaliação completa dos impactos.
“Até agora não foi um problema tão dramático, a questão está se conseguindo organizar com alguns itens de estoque. Mas, infelizmente, nós não temos um raio x e uma radiografia tão precisa quanto nós gostaríamos”, afirmou.
Algumas empresas e fornecedores, principalmente no Rio Grande do Sul, estão com suas operações paralisadas ou com dificuldades de produção.
A Volkswagen, por exemplo, colocou em férias coletivas funcionários de quatro fábricas em São Paulo devido à indisponibilidade de peças de fornecedores gaúchos.
O estado do Rio Grande do Sul representa 7,5% do mercado de veículos automotores do país e é origem de cerca de 5% dos componentes comprados pelas fabricantes brasileiras.
Programa Mover em risco:
Além das inundações, a Anfavea também se preocupa com o futuro do Programa de Mobilidade Verde e Inovação (Mover).
O programa, que visa reduzir a emissão de carbono na frota nacional, precisa ser aprovado pelo Congresso Nacional até o final de maio para não perder a validade.
A entidade defende a aprovação do programa, considerando-o crucial para o futuro da indústria automobilística brasileira.
A Anfavea acompanha de perto a situação das empresas e fornecedores afetados pelas inundações. A entidade também se mobiliza para garantir a aprovação do Programa Mover pelo Congresso Nacional.
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