O rendimento médio mensal domiciliar per capita do Brasil chegou a R$ 1.848 em 2023, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira (19). Esse valor representa um crescimento de 11,5% em relação a 2022 e o maior patamar já registrado na série histórica, superando inclusive o recorde de 2019 (R$ 1.744), antes da pandemia da Covid-19.
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Segundo a pesquisa, o crescimento da renda média é um indicador positivo, demonstrando melhora na renda das famílias brasileiras. A proporção de pessoas com algum tipo de renda atingiu 64,9%, a maior desde o início da pesquisa em 2012.
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O rendimento médio mensal do trabalho também subiu, chegando a R$ 2.979, um aumento de 7,2% em relação a 2022. O rendimento médio de outras fontes além do trabalho, como aposentadoria, pensão e programas sociais, também cresceu, alcançando R$ 1.837, o maior valor da série histórica.
Apesar do aumento geral da renda, a desigualdade ainda é um problema grave no Brasil. Os 10% mais ricos da população concentram 40,3% da renda total, enquanto os 10% mais pobres detêm apenas 2,6%.
Apesar da melhora no rendimento médio do trabalho, o número de pessoas em situação de trabalho informal ainda é alto, com 40,1% da população ocupada. Essa realidade significa que muitos trabalhadores não têm acesso a direitos básicos como carteira assinada, férias e FGTS.
O recorde de 2020 (R$ 3.028) foi impulsionado por fatores atípicos da pandemia, como a perda de empregos informais, o que distorceu a média.
Gustavo Geaquinto, analista da pesquisa do IBGE, alerta que o recorde de 2020 não indica um cenário positivo no mercado de trabalho. Naquele ano, a média foi influenciada pela maior demissão de trabalhadores informais, elevando a média geral.
O aumento da renda média dos brasileiros em 2023 é um indicador positivo, mas ainda há muito a ser feito para reduzir a desigualdade e garantir que todos os brasileiros tenham acesso a um trabalho decente e com direitos básicos. O combate ao trabalho informal e a implementação de políticas públicas que promovam a inclusão social são medidas essenciais para um Brasil mais justo e próspero.
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