Nos últimos dias, a Petrobras realizou dois eventos para defender a exploração de petróleo e gás na margem equatorial brasileira, considerada uma potencial área de descobertas semelhantes ao pré-sal.
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Esta região abrange uma vasta área que se estende da costa marítima do Rio Grande do Norte ao Amapá, incluindo desde a foz do rio Oiapoque até o litoral norte do Rio Grande do Norte, englobando as bacias hidrográficas da foz do rio Amazonas.
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Contudo, a exploração dessa região, que inclui áreas marítimas localizadas aproximadamente a 550 quilômetros da foz do rio Amazonas, enfrenta forte oposição de grupos ambientalistas, mídia e organizações internacionais, que questionam a expansão da exploração de hidrocarbonetos, apontados como principais contribuintes para o aquecimento global.
Consciente da oposição enfrentada para explorar essa região, a Petrobras organizou encontros sobre o tema recentemente. Um deles ocorreu em São Luís, no Maranhão, com governadores do Norte e Nordeste, e outro aconteceu nesta quinta-feira (21) em Brasília, com representantes do Legislativo, Executivo, imprensa e sociedade civil.
Durante o evento em Brasília, o gerente executivo de exploração da Petrobras, Jonilton Pessoa, defendeu a necessidade de conscientizar a sociedade sobre a impossibilidade de abandonar imediatamente a produção de petróleo. Ele enfatizou que o objetivo deve ser diversificar as fontes renováveis de energia, mas que o petróleo ainda desempenha um papel crucial na transição energética para fontes menos poluentes.
Jonilton Pessoa argumentou: “Temos que comunicar que é necessário, para sobreviver no futuro, ter uma diversidade de fontes de energia, não abandonando uma determinada fonte. Isso é um fato. Não podemos acabar hoje com o petróleo, dado sua dependência em todas as indústrias.”
Ele também alertou que, se o Brasil não descobrir novos campos, precisará aumentar a importação de óleo a partir de 2028. “O pré-sal é promissor, mas é finito. Se não fizermos novas descobertas agora, daqui a sete ou dez anos poderemos ter que importar hidrocarbonetos”, afirmou.
O encontro da Petrobras em Brasília contou com a participação da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que destacou os possíveis ganhos para o setor com a exploração da margem equatorial.
Para o superintendente do Observatório Nacional da Indústria da CNI, Márcio Guerra, o debate sobre a exploração na margem equatorial é uma batalha de comunicação. “Este é um desafio que, geralmente, quem faz tem dificuldade de comunicar. E esse é o desafio não só da Petrobras, é o desafio da indústria como um todo.”
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