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    Volume de serviços no Brasil cai 0,6% em outubro, interrompendo sequência de crescimento

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    O volume de serviços no Brasil caiu 0,6% em outubro de 2023, na comparação com setembro, interrompendo uma sequência de três meses de crescimento. A queda foi puxada por dois segmentos: transportes (-2%) e serviços prestados às famílias (-2,1%).Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada nesta quarta-feira (13), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

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    A queda no segmento de transportes foi influenciada pela retração do transporte rodoviário de cargas, que foi impactado pela expectativa menor da próxima safra e pelo fim das colheitas recordes. A produção industrial também vem demonstrando menor dinamismo, com uma queda nos bens de consumo e bens de capital, que impactam também no setor de transporte de cargas.

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    Já o recuo nos serviços prestados às famílias foi influenciado pela atividade de espetáculos, que teve um grande festival em São Paulo em setembro, o que elevou a base de comparação para outubro.

    Em sentido oposto, dois segmentos do setor de serviços apresentaram alta: profissionais, administrativos e complementares (1%) e informação e comunicação (0,3%). Os outros serviços ficaram estáveis.

    Em relação à receita nominal, os serviços caíram 0,1% em outubro, mas tiveram crescimentos de 3,9% na comparação com outubro de 2022, de 6,9% no acumulado do ano e de 7,8% no acumulado de 12 meses.

    Ainda assim, o volume de serviços está 10,2% acima do nível pré-pandemia (fevereiro de 2020), mas 3,2% abaixo do volume recorde da série histórica, obtido em dezembro de 2022.

    O pesquisador do IBGE Luiz Almeida explica que a queda em outubro é uma sinalização de que o setor de serviços está enfrentando alguns desafios, como a inflação e a alta dos juros, que estão pressionando os custos das empresas.

    “O setor de serviços é bastante sensível a esses fatores, pois dependem do consumo das famílias, que está sendo afetado pela inflação e pela alta dos juros”, afirma Almeida.

    O pesquisador avalia que o setor de serviços deve continuar a enfrentar desafios nos próximos meses, mas acredita que a recuperação deve continuar no longo prazo.

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