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    Taxa de desemprego no Brasil cai para 7,5% em novembro, menor nível desde 2015

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    O mercado de trabalho brasileiro mostrou sinais de recuperação no trimestre encerrado em novembro, com a taxa de desemprego caindo para 7,5%, o menor nível desde fevereiro de 2015. O número de desempregados ficou estável, em 8,2 milhões de pessoas.

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    O resultado foi influenciado pelo aumento no número de pessoas ocupadas, que chegou a 100,5 milhões, o maior desde o início da série histórica, em 2012. O número representa crescimento de 0,9% em 3 meses.

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    A proporção de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar subiu 0,4 ponto percentual ante o trimestre móvel anterior, alcançando 57%. Das 853 mil pessoas incluídas nesse universo, a maioria, 515 mil, foi contratada com carteira assinada.

    Com esse reforço, o contingente de trabalhadores com carteira assinada soma 37,7 milhões, o segundo maior patamar da série histórica, perdendo apenas para o trimestre encerrado em junho de 2014, quando eram 37,8 milhões.

    O número de empregados sem carteira foi de 13,4 milhões. Apesar de ter ficado estável no período, é o maior da série histórica.

    Das dez atividades econômicas analisadas pelo IBGE, houve aumento no número de ocupados apenas na indústria, 369 mil pessoas, e na construção, 199 mil. As demais atividades permaneceram estáveis.

    “A expansão da atividade de construção ocorreu principalmente por meio da informalidade, com o aumento do emprego sem carteira assinada e por conta própria sem CNPJ, enquanto a indústria impulsionou os trabalhos formais”, disse a coordenadora de Pnad do IBGE, Adriana Beringuy.

    No trimestre, a taxa de informalidade foi de 39,2% da população ocupada, o que representa 39,4 milhões de trabalhadores informais. Nos três meses anteriores, a taxa tinha sido 39,1%.

    O rendimento médio real do trabalhador chegou a R$ 3.034, aumento de 2,3% no trimestre. Em relação ao ano passado, a alta foi de 3,8%. No trimestre, esse crescimento foi mais acentuado entre os empregados com carteira assinada no setor privado (2,1%) e os trabalhadores por conta própria com CNPJ (7,6%).

    “Na comparação anual, nenhuma forma de inserção apresentou queda no rendimento, seja no trabalho formal, seja no informal. Todos registraram variação positiva”, ressalta a pesquisadora do IBGE.

    A pesquisa do IBGE é feita com uma amostragem de 211 mil domicílios em todo o país e busca informações sobre qualquer forma de trabalho, como contratados com carteira assinada, por conta própria e informais.

    Caged: Saldo positivo de mais de 130 mil vagas em novembro

    Outra estatística de referência sobre o mercado de trabalho é o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), compilado pelo Ministério do Trabalho e Emprego, que coleta dados apenas de admissões e demissões de trabalhadores com carteira de trabalho.

    A mais recente divulgação, nesta quinta-feira (28), apontou que novembro teve um saldo positivo de mais de 130 mil vagas. No acumulado de janeiro a novembro foram gerados no país 1.914.467 postos de trabalho.

    Análise

    Os dados da Pnad Contínua mostram que o mercado de trabalho brasileiro segue em recuperação, com a taxa de desemprego caindo para o menor nível desde 2015. O aumento no número de pessoas ocupadas foi puxado pelo crescimento da indústria e da construção, que são setores que tradicionalmente geram empregos formais.

    O aumento do rendimento médio real do trabalhador também é um sinal positivo, indicando que os trabalhadores estão ganhando mais dinheiro. No entanto, ainda é importante observar que a informalidade continua elevada, o que significa que muitos trabalhadores não têm acesso aos mesmos direitos e benefícios que os trabalhadores formais.

    No geral, os dados da Pnad Contínua mostram que o mercado de trabalho brasileiro está se recuperando, mas ainda há desafios a serem superados, como a redução da informalidade e o aumento do salário mínimo.

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