O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) propôs uma nova forma de classificar os espaços do território nacional.
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A proposta, baseada em dados do Censo Demográfico de 2010 e de outras fontes, redefine as categorias urbano e rural e introduz uma terceira categoria, a natureza.
A nova classificação divide os espaços do território nacional em três categorias:
– Urbana: composta por espaços com alta densidade populacional e infraestrutura urbana, como estradas, saneamento básico e energia elétrica;
– rural: composta por espaços com baixa densidade populacional e infraestrutura rural, como estradas não pavimentadas, água de poço e energia solar;
– natureza é composta por espaços com alta biodiversidade e pouca intervenção humana, como florestas, rios e parques nacionais.
Para a geógrafa Maria Monica O’Neill, gerente de Regionalização e Topologias do Território do IBGE, o objetivo da nova classificação não é substituir a classificação vigente. O estudo, segundo ela, contribui para renovar o quadro de referência e oferece uma alternativa, com vistas a representar as dinâmicas operadas no território nacional e incorporar novos dados e metodologias.
“Trata-se de uma proposta, apresentada em caráter experimental, que poderá conviver e complementar a atual classificação, que não pode ser considerada obsoleta, pois cumpre seu papel na divulgação de dados das pesquisas e garante a comparabilidade temporal. A classificação rural e urbana pode ser vista sob diferentes prismas e escalas geográficas – regional, municipal, intramunicipal – e essas aproximações são complementares”, afirmou O’Neill.
Em outras palavras, a nova classificação não é uma substituição da classificação atual, mas sim uma ferramenta complementar que pode ser usada para fornecer uma visão mais abrangente do território nacional.
Porém, a classificação atual ainda será usada para divulgar dados das pesquisas e garantir a comparabilidade temporal, mas a nova classificação será usada para representar as dinâmicas operadas no território nacional e incorporar novos dados e metodologias.
A nova classificação é experimental e ainda será aprimorada com base nos dados do Censo 2022.
No entanto, já é possível identificar algumas tendências territoriais a partir da nova classificação.
Exemplo
Por exemplo, a fronteira agrícola avança em Rondônia, Tocantins e no sudeste do Pará.
Na região Centro-Oeste, as áreas da natureza perdem espaço diante da maior presença de áreas de produção da agropecuária.
Já no Nordeste e no norte de Minas Gerais, são identificados tipos variados de transição, combinando características urbanas, rurais e naturais.
A nova classificação do IBGE é importante porque servirá de base para a formulação de políticas públicas e privadas e também se estabelecerá como uma orientação conceitual para o desenvolvimento de pesquisas.
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