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Clima e prioridade na exportação impulsionam alta dos alimentos no longo prazo

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A alta no preço dos alimentos no Brasil é um fenômeno que tem sido observado nos últimos anos, e suas causas são mais complexas do que se imagina. De acordo com a Carta do Ibre, análise de conjuntura econômica publicada mensalmente pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV), as mudanças climáticas e as políticas de uso da terra que priorizam culturas de exportação são os principais fatores que contribuem para o aumento no preço da comida.

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A produção agrícola no Brasil não está acompanhando a demanda da população. A área total plantada no país aumentou de 65,4 milhões de hectares em 2010 para 96,3 milhões em 2023, mas essa expansão se deve basicamente à soja e ao milho, culturas de exportação. Sem essas duas culturas, a área plantada ficou estável, registrando 29,1 milhões de hectares em 2010 e 29,3 milhões em 2023.

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A produção de alimentos no Brasil está perdendo velocidade. A produção de feijão por habitante no país caiu 20%, e a do arroz, 22%, quando se compara 2024 com 2012. A área plantada de arroz no Brasil passou de 2,8 milhões de hectares em 2010 para 1,6 milhão em 2024, o que reforça a ideia de que culturas de alimentos estão dando lugar a culturas de exportação, especialmente de soja e milho.

Além das mudanças climáticas e das políticas de uso da terra, outros fatores contribuem para o aumento no preço da comida. A desvalorização cambial, que estimula a exportação, é um deles. Com o real desvalorizado, vender para outros países e obter receita em dólar torna mais lucrativa a atividade do produtor. Além disso, o encarecimento de insumos agrícolas importados, como defensivos, fertilizantes, máquinas e equipamentos, também contribui para o aumento no preço da comida.

A Carta do Ibre conclui que a alta dos alimentos não é um fenômeno passageiro e recomenda as seguintes políticas de suprimento e segurança alimentar:

* Foco nas culturas que produzem diretamente alimentos para a mesa dos brasileiros
* Monitoramento da produção
* Recomposição de estoques públicos
* Silagem (estruturas de armazenamento)
* Vias de escoamento
* Crédito focalizado

A desvalorização cambial é um fator que contribui para o aumento no preço da comida, pois estimula a exportação. No entanto, a exportação de culturas como soja e milho traz benefícios ao país, na forma de entrada de moeda estrangeira e da consequente estabilização macroeconômica propiciada por elas.

A alta no preço dos alimentos no Brasil é um fenômeno complexo, que envolve mudanças climáticas, políticas de uso da terra e outros fatores. É necessário que o governo e os produtores rurais trabalhem juntos para encontrar soluções para esse problema, priorizando a produção de alimentos para a mesa dos brasileiros e garantindo a segurança alimentar do país. Além disso, é fundamental que sejam implementadas políticas de suprimento e segurança alimentar, como as recomendadas pela Carta do Ibre, para garantir a estabilidade do preço dos alimentos e a segurança alimentar da população.

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