O ex-presidente da Bolívia, Evo Morales, acusou o atual presidente, Luis Arce, de conduzir uma “guerra judicial” contra ele.
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Em uma publicação nesta terça-feira (17), Morales afirmou ser alvo de uma ofensiva do governo boliviano, acusando Arce de usar o sistema judiciário para atacá-lo politicamente e fisicamente.
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A acusação vem após o Ministério Público da Bolívia anunciar, no dia 16 de dezembro, que solicitou a prisão de Morales devido a um suposto estupro de uma menor de idade ocorrido durante seu governo.
Além disso, o ex-presidente enfrenta acusações de exploração e tráfico de pessoas. O caso foi divulgado em outubro deste ano, quando Morales teria cometido o crime contra uma menina de 15 anos, com quem teria tido uma filha.
De acordo com as autoridades bolivianas, os pais da menor teriam consentido a relação em troca de benefícios.
Morales, que governou a Bolívia de 2009 a 2014, negou todas as acusações. A ordem de prisão foi emitida após ele se recusar a depor sobre o caso. A mãe da vítima também está sendo investigada.
Em sua publicação, Morales afirmou: “Denuncio ao mundo que sou vítima de uma brutal guerra legal (lawfare) levada a cabo pelo governo de Luis Arce, que prometeu entregar-me como troféu de guerra aos Estados Unidos”.
Ele também criticou o governo de Arce por usar a Justiça, a Polícia e os militares contra ele, alegando que o objetivo é não apenas destruí-lo politicamente e moralmente, mas fisicamente.
Desde 2023, Morales e Arce estão em desacordo, com uma disputa interna no partido Movimento ao Socialismo (MAS), o que coloca em risco o futuro político da Bolívia. Morales também está inabilitado de concorrer à presidência nas próximas eleições.
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