Uma mulher de 38 anos foi detida em Praia Grande, litoral de São Paulo, após tentar vender o próprio filho, de um ano, por R$ 1,2 mil. Segundo o boletim de ocorrência (BO), a mãe carregava uma bolsa com fraldas e uma mamadeira contendo pinga. O caso aconteceu em 18 de novembro na praia do bairro Ocian, mas só ganhou repercussão nacional neste último sábado (14).
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A Polícia Militar encontrou o menino sujo de areia, com sinais de maus-tratos, insolação e desidratação. Ele foi levado ao Pronto-socorro Central da cidade, onde um médico não constatou indícios de ingestão de bebida alcoólica, mas confirmou o estado de desidratação.
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O soldado Raphael Freitas, um dos responsáveis pela ocorrência, relatou que a equipe lavou o rosto da criança com água fornecida por turistas. A mamadeira com o líquido alcoólico foi apreendida, e a Polícia Civil solicitou exame toxicológico, cujo resultado não foi divulgado.
A advogada Glauce Abdalla, presidente da Comissão dos Direitos da Criança e do Adolescente da OAB de Araras (SP), testemunhou o episódio e ajudou no atendimento à criança. “Foi um caso marcante”, afirmou ela, relatando que o marido comprou uma mamadeira nova e leite para o menino.
Segundo Glauce, a mãe ofereceu o bebê por R$ 1,2 mil ao ser questionada por mulheres que estavam próximas. A informação foi confirmada pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP).
A mulher foi presa por maus-tratos e resistência após tentar agredir os policiais. Na Central de Polícia Judiciária, ela afirmou ter usado entorpecentes e resistiu à abordagem. A prisão foi substituída por medidas protetivas em audiência de custódia.
O Tribunal de Justiça de São Paulo determinou que a mãe mantenha uma distância mínima de 300 metros do filho, estando proibida de qualquer contato ou aproximação. O menino recebeu alta médica e foi encaminhado pelo Conselho Tutelar a um abrigo.
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