Na reunião anual da Sociedade Norte-Americana de Radiologia (RSNA em inglês), que vai até o dia 5, pesquisadores apresentaram trabalho associando um determinado tipo de gordura corporal às proteínas encontradas no cérebro que são consideradas marcadores da Doença de Alzheimer.
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E o mais interessante é que o quadro se manifestava 20 anos antes do surgimento dos primeiros sintomas de demência.
Nos Estados Unidos, há quase sete milhões de pessoas, acima dos 65 anos, vivendo com a doença. No Brasil, a estimativa da Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz) é que sejam 1.7 milhão de pacientes acima dos 60 com algum tipo de demência – o Alzheimer corresponde a 55% dos casos.
Com isso, o estudo contou com 80 indivíduos sem qualquer alteração cognitiva, com idade média de 49 anos, sendo 62.5% deles mulheres.
No grupo, 57.5% eram obesos e todos se submeteram a exames de sangue e de imagem do cérebro, além de ressonância magnética do abdômen, para medir o volume de gordura subcutânea – a que fica embaixo da pele – e gordura visceral, que se acumula na cavidade abdominal, entre os órgãos internos.
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Um maior nível da visceral estava relacionado ao aumento de placas de proteína amiloide, que se acumulam no cérebro e causam danos irreversíveis.
Assim, o estudo também mostrou que um alto nível de resistência à insulina (que leva ao diabetes) e um baixo nível de HDL, um tipo de colesterol considerado benéfico à saúde, estavam atrelados às proteínas amiloides no cérebro.
A doutora e seus colegas apresentaram ainda outra pesquisa, no mesmo encontro da entidade, revelando, através de imagens, que obesidade e gordura visceral diminuem o fluxo sanguíneo para o cérebro.
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