O relatório final da Polícia Federal (PF), divulgado nesta terça-feira (26/11), revelou evidências robustas que apontam o envolvimento direto do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no planejamento e na articulação de um golpe de Estado no Brasil. O documento, que resultou no indiciamento de 37 pessoas, teve o sigilo retirado, expondo detalhes sobre a suposta participação de Bolsonaro.
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“Há robustos elementos de prova que demonstram que o planejamento e o andamento dos atos eram reportados a Jair Bolsonaro, diretamente ou por intermédio de Mauro Cid”, destaca o texto da PF. O relatório afirma ainda que o ex-presidente “tinha plena consciência e participação ativa” nas ações clandestinas promovidas para subverter a ordem constitucional e inviabilizar a transição democrática de poder.
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As investigações apontam que o esquema começou ainda durante o mandato presidencial, com práticas deliberadas que visavam à abolição do Estado Democrático de Direito. Segundo os investigadores, as ações clandestinas tinham caráter articulado e envolviam militares, policiais federais, ex-ministros do governo Bolsonaro e outras figuras públicas.
Na última etapa do inquérito, na semana passada, três militares e um policial foram presos sob suspeita de planejar atentados contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.
As apurações, que começaram em 2021 no âmbito do inquérito das fake news, revelam a gravidade dos atos que, segundo a PF, colocam Jair Bolsonaro como figura central na tentativa de ruptura institucional. A divulgação do relatório reacende o debate sobre os impactos das ações de grupos que atuaram contra as instituições democráticas no Brasil.
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