Paulo Henrique, 22 anos, está internado no Hospital Regional de Campo Grande há pouco mais de um mês, enfrentando um sério problema de saúde. Ele perdeu parte do pulmão e está em estado delicado devido ao uso de cigarro eletrônico e narguilé.
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Suzi Ortiz, tia de Paulo Henrique, alerta que ele foi diagnosticado com uma pneumonia grave e derrame pleural (água no pulmão) devido ao uso dos dispositivos eletrônicos. Paulo usava os dispositivos para fumar há cerca de quatro meses.
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Paulo precisou remover parte do pulmão necrosado em uma cirurgia. Mesmo após o procedimento, ele ainda luta pela vida, sem previsão de alta. Os primeiros sintomas surgiram quando ele visitava a avó em Miranda, com uma tosse intensa e sangramento, levando à internação urgente.
Após duas semanas de tratamento sem melhora, os médicos decidiram pela cirurgia. Atualmente, Paulo Henrique continua internado com um dreno para remover o líquido acumulado no pulmão. “O dreno ainda está retirando muito líquido, o que não é um bom sinal. Se isso não melhorar, os médicos terão que realizar outra cirurgia, ainda mais invasiva”, explica Suzi.
Uso de vape aumenta entre jovens
Durante a campanha Agosto Branco, que começou em 1º de agosto, a conscientização e combate ao tabagismo, incluindo o cigarro eletrônico, são enfatizados. Segundo a presidente da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, Margareth Dalcolmo, estima-se que o Brasil tenha dois milhões de usuários de cigarros eletrônicos, principalmente entre 15 e 24 anos.
Embora a comercialização, importação e propaganda sejam proibidas no Brasil desde 2009 pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), esses produtos são vendidos ilegalmente. Larissa Rego, da Anvisa, destaca que o cigarro eletrônico cria uma falsa impressão de ser menos prejudicial, o que não é verdade.
O cigarro é responsável por 13% das mortes no Brasil e é uma das principais causas de câncer de pulmão, segundo o Inca (Instituto Nacional de Câncer).
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