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    Endividamento das famílias brasileiras se mantém estável, mas aumenta entre as de renda mais baixa

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    O endividamento das famílias brasileiras se manteve estável em setembro de 2023, com 77,4% das famílias relatando ter dívidas a vencer. O número é o mesmo de agosto e o menor desde junho.

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    No entanto, a análise das faixas de renda indica um aumento de 0,3 ponto percentual entre os consumidores de renda mais baixa, entre as famílias que recebem até três salários mínimos.

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    Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o comportamento indica “desafios persistentes nesse segmento”. A entidade destacou que essas famílias terão seus CPFs desnegativados a partir deste mês, por causa do programa Desenrola, do governo federal.

    O endividamento entre as famílias de renda mais baixa também está associado a um aumento da inadimplência. Em setembro, 38,6% dessas famílias admitiram ter dívidas atrasadas. O nível representa alta de 0,7 ponto percentual no mês.

    O presidente da CNC, José Roberto Tadros, avaliou que a estabilidade geral no endividamento das famílias no país é importante para a construção de um cenário econômico favorável. No entanto, ele é preocupado com o aumento do índice nas faixas de renda mais baixa e ainda com a tendência de aumento da inadimplência dessas famílias.

    Para Tadros, os juros elevados do cartão de crédito permanecem como desafio. “Uma pesquisa inédita da CNC revelou que 90% do varejo tem suas receitas provenientes de compras parceladas sem juros no cartão de crédito, pelo menos parcialmente”, afirmou.

    Tadros defendeu a necessidade de manutenção do parcelamento sem juros, “sem intervenção nas condições de mercado, além da racionalização da taxa de juros do rotativo”.

    Entre os endividados, 86,2% do total tem contas a pagar com o cartão de crédito, que ainda é a modalidade predominante. O percentual significa um aumento em relação a setembro de 2022, quando avançou 0,6 pontos percentuais.

    A Peic mostrou também que os juros do rotativo do cartão alcançaram níveis alarmantes, com a média de 445,7% ao ano. É a maior alta entre todas as modalidades de dívida. Dados do Banco Central indicam uma elevação na concessão de crédito no cartão em relação a agosto de 2022. A evolução é de 10% nos pagamentos à vista e de 28% no parcelado.

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