More

    Temas como desmatamento e a exploração de petróleo estão fora da declaração final da Cúpula da Amazônia

    Data:

    Na tarde desta última terça-feira (8), os chefes de Estado e representantes dos oito países que dividem a Floresta Amazônica assinaram a declaração final da Cúpula da Amazônia. 

    ++Alexandre de Moraes solta 90 presos nos atos de 8 de janeiro

    A declaração visa fortalecer a cooperação regional em torno da proteção e da necessidade do desenvolvimento sustentável da região. 

    ++Ligação misteriosa pode desvendar morte de médico encontrado com os pés e mãos amarrados no MS

    Porém, estão fora do documento as metas para acabar com o desmatamento e a exploração de petróleo na região.

    A meta do governo brasileiro era que os representantes dos países presentinhos adotassem a meta já acordada no país de  zerar o desmatamento ilegal da Floresta Amazônica até 2030, porem não houve consenso e essa meta não foi incluída no documento.

    Em outro ponto, que também não chegaram a um acordo, foi a adoção de um veto à exploração de petróleo na Amazônia. 

    Durante o evento, o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, fez uma cobrança: “O que estamos fazendo além dos discursos?”. 

    Para ele, “A região precisa deixar de usar petróleo, carvão e gás. A floresta, que poderia nos salvar do CO², acaba por produzir CO² quando exploramos petróleo e gás nela”, criticou.

    Sem consenso sobre petróleo e desmatamento, a declaração final da Cúpula de Belém trouxe intenções, e não metas, nesses campos.

    O que realmente diz o documento? 

    – a consciência quanto à necessidade urgente de cooperação regional para evitar o ponto de não retorno na Amazônia:

    – prevê o lançamento da Aliança Amazônica de Combate ao Desmatamento a partir das metas nacionais, como a de desmatamento zero no Brasil até 2030. Mas cada país poderá adotar a sua meta.

    Sobre o petróleo:

    • a decisão de “iniciar um diálogo entre os Estados-Partes sobre a sustentabilidade de setores tais como mineração e hidrocarbonetos na região amazônica.

    Brasil comemora resultado da cúpula

    Mesmo sem os dois pontos não serem acordados entre os países, o ministro brasileiro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, celebrou o fortalecimento da cooperação regional em torno da Amazônia. 

    “Pactuamos ações que levam à preservação da Amazônia, ao desenvolvimento sustentável e à proteção dos povos indígenas”, disse ele.

    Segundo Vieira, não há divergências reais entre as posições do Brasil e da Colômbia sobre a exploração do petróleo. 

    “O Brasil começou a transição energética ainda nos anos 1970 e haverá um momento no futuro em que chegaremos a isso [fim da exploração do petróleo]. Nossa posição não é divergente da Colômbia, mas cada país seguirá seu ritmo”, afirmou.

    Cúpula ampliada

    O evento em Belém continua nesta quarta (9) com uma cúpula ampliada, que inclui os países amazônicos, outras nações que têm florestas tropicais (República do Congo, República Democrática do Congo e Indonésia) e com os maiores financiadores do Fundo Amazônia (Noruega e Alemanha).

    Não deixe de curtir nossa página no Facebook e também no Instagram para mais notícias do JETSS.

    Mais Recentes

    Translate »