Na última terça-feira (28), diante do juiz no Royal Courts of Justice, o Príncipe Harry disse que a monarquia sabia da espionagem no seu telefone e não fez nada para defendê-lo. Uma das regras mais importantes para a família real, é “nunca reclamar, nunca explicar” sobre as polêmicas em volta deles, os familiares são obrigados a “aceitar” essa regra.
O filho caçula do Rei Charles, faz parte do grupo que está movendo um processo contra a Associated Newspaper Limited (ANL), a editora dona dos portais Daily Msil, MailOnline e Mail on Sunday. As audiências começaram nesta segunda-feira (27), e no segundo dia de julgamento, o monarca testemunhou sobre a suposta invasão de privacidade da editora contra ele, os acusados negam todas as alegações.
O Príncipe Harry, decidiu não deixar de falar contra o conglomerado de comunicação, após ter deixado seus deveres reais em 2020. “A instituição (monarquia) estava, sem dúvida, retendo informações de mim por um longo tempo sobre o hacking de telefone da ANL. […] Isso só ficou claro nos últimos anos quando busquei minha própria reivindicação com diferentes conselhos e representações legais”, destacou. “Não é exagero dizer que a bolha estourou em termos do que eu sabia em 2020, quando saí do Reino Unido”, completou.
As lutas de Harry com a imprensa britânica é de muito tempo. O anúncio de seu relacionamento com a atual esposa, Meghan Markle, veio a público em 2016 com conteúdos e publicações racistas e ofensivas contra a ex-atriz. Quando anunciou seu noivado, novamente manchetes de teor racistas e machistas foram estampadas nas capas dos jornais do país.
Na série lançada na Netflix no final do ano passado, o príncipe destacou que sua esposa perdeu um bebê pela pressão que a mídia causava no casal. “Aquele aborto espontâneo foi criado pelo que eles estavam tentando fazer com ela”, disse.