Nesta segunda-feira (28) pela manhã, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que as tratativas para um cessar-fogo vão acontecer pessoalmente nesta terça-feira (29), na Turquia. Segundo ele, mais comentários sobre o assunto poderiam prejudicar o processo de negociações. O fato de as conversas serem retomadas de forma presencial é de extrema importância para a conclusão do conflito. Mesmo assim, autoridades ligadas aos governos não acreditam que grandes avanços ocorram.
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Enquanto isso, Kiev acredita que a forte resistência na capital fez com que as forças russas fossem reprimidas. Causando assim perdas significativas que colocariam Moscou mais disposto a negociar. O Ministério da Defesa russo declarou que os objetivos mudaram, e no momento a intenção é expandir os territórios no leste da Ucrânia. Nenhum dos lados mudou suas reivindicações, mas se mostraram mais dispostos a conversar e ceder. O maior entrave é a questão da Crimeia, tomada pela Rússia em 2014. O presidente ucraniano já afirmou que acordos podem ser feitos, mas que não será cedido nenhum território.
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As demandas da Rússia incluem a desmilitarização e “desnazificação” da Ucrânia, neutralidade, acordos sobre a região da Crimeia, entre outros. Peskov relembrou que a situação entre os países está “fermentando” há bastante tempo, e que um muitos problemas se acumularam. Ele ainda afirmou que o governo russo não enxerga nenhum avanço substancial após um mês de guerra. Fato anteriormente percebido pelos países do Ocidente e externado pelo governo ucraniano. Já o presidente Volodomyr Zelensky pensa que a questão da neutralidade deve ser colocada para a população decidir, por meio de um referendo após a retirada das tropas russas do país. Para ele são necessárias garantias reais de segurança. Ele declarou que o presidente russo não enxerga a mesma Ucrânia que ele, e que sua visão de mundo não corresponde aos fatos vividos nos últimos 30 anos. Ele destacou que Putin está jogando seus soldados no fogo como “toras em fornalhas”. A invasão completa 33 dias, e já tirou mais de 10 milhões de pessoas de suas casas.
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