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    Marília Mendonça: Causa da queda do avião ainda é um mistério um mês após acidente

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    Um mês após a morte de Marília Mendonça e outras quatro pessoas na queda de um avião em Minas Gerais, as autoridades seguem com os trabalhos para apurar as causas do acidente de 5 de novembro. Ainda não foi possível concluir se a aeronave sofreu uma falha mecânica depois de colidir com fios de uma rede elétrica ou se aconteceu algum erro técnico.
    Órgão responsável por investigar desastres aéreos, o Cenipa (O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) explicou que o processo e o tempo de apuração dependem do grau de complexidade de cada caso.
    “Temos a necessidade de descobrir todos os fatores contribuintes”, informou o órgão em nota enviada ao jornal O Globo e publicada neste domingo (5). A Polícia de Minas Gerais também depende da conclusão das análises do Cenipa nas peças do avião para concluir os trabalhos sobre a causa da queda. Não há um prazo para isso acontecer.
    Um laudo do Instituto Médico Legal (IML) atestou politraumatismo em múltiplos órgãos como a causa das mortes da cantora, do produtor Henrique Ribeiro, do tio e assessor Abicieli Silveira Dias Filho, do piloto Geraldo Martins de Medeiros Júnior e do copiloto Tarciso Pessoa Viana.
    Causa da queda
    O que se sabe até o momento é que o avião que levava Marília Mendonça e outras quatro pessoas até o aeroporto de Caratinga, no interior de Minas Gerais, perdeu os dois motores enquanto caía. De acordo com testemunhas que viram a queda da aeronave, o bimotor girou antes de colidir com as pedras da cachoeira.

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    “Ele já veio girando, rodando e já caiu”, comentou a diarista Dila Santos em entrevista ao Fantástico, da Globo, em novembro. Outro morador reforçou o relato da vizinha.
    “Eu estava no terreno da minha casa, quando eu ouvi um barulho. Aí eu olhei para cima e vi o avião vindo daquela torre [de energia] lá. Ele veio girando, depois ‘embicou’ para baixo e foi girando tipo um jacaré quando pega uma presa”, comparou o caseiro José Antônio da Silva.
    Ainda no dia da queda foi confirmada a colisão da aeronave com uma torre de energia que fica próxima ao aeroporto de Caratinga. Faltava pouco mais de cinco quilômetros para o pouso quando a batida aconteceu nos cabos de energia elétrica.
    As investigações podem durar mais de um ano. A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) indicou que a PEC, dona do avião, tinha autorização para realizar táxi aéreo e que o Certificado de Verificação de Aeronavegabilidade do avião, documento que atesta as condições deste tipo de veículo, é válido até julho de 2022.
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