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    Priscilla Alcantara reflete sobre carreira: “Fama não é prioridade”

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    Priscilla Alcantara, de 25 anos, surpreendeu o público recentemente ao esconder o segredo de que era o unicórnio do The Masked Singer Brasil, programa em que sagrou-se campeã na primeira temporada. Passado o reality, a artista se dedica à divulgação de seu novo álbum, Você Aprendeu a Amar?, para o qual ela montou um estúdio em casa devido às limitações da pandemia de Covid-19.
    “Foi bem um improviso. Só coloquei os equipamentos no chão do meu closet. Mas a gente tem nossos truques para não interferir no resultado. Sabia o básico porque sempre gravei as minhas demos para mandar para os produtores, mas tive que aprender a mexer em recursos de áudio. Eu mesma me gravei e me produzi. Foi incrível porque eu já tinha esse interesse, mas não imaginava que faria isso para um álbum. Uma loucura que no final deu certo”, comemora.
    O projeto marca o ingresso da cantora – que antes estava no gospel – num novo gênero musical. Para a fase, Priscilla se autodenomina “aprendiz do pop”. “Trouxe essa narrativa para deixar minha transição de carreira mais tranquila e divertida. Sabia que de alguma forma poderia ser pesado para alguns pela falta de compreensão. Faz 15 anos que trabalho com o meio artístico, e entendo de música, sim. Mas quis trazer essa ideia para contextualizar essa nova empreitada”, explica ela.
    Priscilla tem se divertido na nova fase e aproveitado para se conhecer artisticamente, algo que tem sido apoiado pela amiga Bruna Marquezine nas redes sociais. “Tem sido incrível. Sempre consumi muita música de todos os gêneros. Sigo com as mesmas inspirações de sempre, como Beyoncé. Foi a partir dos DVDs dela que eu quis ser uma performer também. Tem sido muito legal poder encontrar meu som, minha identidade musical, num meio que já tem tanta gente boa e tanta coisa acontecendo. Agora, é criar uma conexão com as pessoas a partir do que eu tenho para oferecer a elas”, afirma Pri. “Se depender da Bruna, ela dirige tudo. Mas eu deixo na mão dela. Falo ‘o que você quiser fazer, faça’. Ela tem muitas ideias. A gente só tem que bater agenda”, complementa.
    Antes mesmo de migrar para o pop, Priscilla já era uma das maiores defensoras de que artistas cristãos se dedicassem a conteúdos além do gospel. Segundo ela, a conversa já era uma forma de preparar o público para seu atual momento.
    “Acho que as coisas ficam mais claras na prática, então talvez as pessoas entendam agora tudo que eu debati e dialoguei nesse tempo sobre a liberdade que precisa ser dada para o artista cristão, para que ele não fique fadado a uma expectativa completamente humana, que nem é uma imposição de fé. Tem sido legal servir de ponte para esses tabus serem quebrados”, avalia.
    Priscilla, que diz nunca ter se sentido julgada enquanto esteve no meio gospel, diz que fase como cantora pop não vai interferir em seus discursos ou figurinos. “Meu maior erro seria falar tanto sobre autenticidade e me deixar ser modificada por um outro ambiente. As pessoas sempre me viram sendo autêntica porque nunca abri mão de quem eu sou por causa da expectativa alheia, independentemente de onde eu estava. Sou fiel à minha identidade e nunca senti nenhuma pressão. Pelo contrário, sempre me senti muito livre”, conta.
    Apesar da história que construiu com a música cristã, Priscilla não vê a possibilidade de retomar a carreira no gênero.
    “Foi concluída. Só vivo o hoje, e agora são novas coisas. Não penso em nada além do que faço no momento. Assim como no futuro vou concluir o que estou vivendo pra começar uma nova coisa, e assim por diante. Sou muito focada quando é para me dedicar ao que eu tenho proposto a fazer. Não consigo imaginar nada para daqui a cinco anos. Tenho algumas ambições e objetivos, mas acho muito mais legal deixar a vida me surpreender. Minha intenção é sempre dar o melhor com o que eu tenho hoje e deixar os olhos abertos para os caminhos que vão se abrindo. Meu papel é deixar Deus na frente cuidando do meu destino”, reflete.

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    O The Masked Singer, por exemplo, não estava nos planos da artista. No entanto, ela diz já estar colhendo frutos da participação no reality. “Foi um grande presente. Eu precisava me reconectar com muita coisa dentro de mim, e graças ao unicórnio eu consegui. Foi uma trajetória muito linda, desde colaborar com o programa por meio da minha voz levando entretenimento para o público até o carinho e o reconhecimento que tenho recebido. Foi uma oportunidade que abriu novas portas, e tem muita coisa boa acontecendo desde essa participação. A alegria não acabou lá na vitória. Todo mundo sabe que sempre tive muita vontade de voltar para a TV, mas que só faria isso se fosse por algo que tivesse muito a ver comigo e se estivesse feliz na música, que é meu sonho número um. Então, quem sabe, o TMS foi o momento de me fazer abraçar essa oportunidade? Em breve teremos novidades sobre isso, mas senti muita paz em estar de novo na TV, algo que fiz por dez anos e que me projetou nacionalmente”, diz a ex-apresentadora do Bom Dia e Cia.
    Para Priscilla, a única parte negativa foi guardar os segredos sobre o programa. “Foi horrível. Eu odeio guardar notícia legal, e tive que ficar tanto tempo calada. O programa foi gravado, e eu já sabia que tinha ganhado. Foi uma agonia. Parece que esses últimos meses demoraram mais a passar do que minha vida inteira. A regra era manter total discrição sobre o assunto. Dei muito o meu melhor para despistar e tenho a consciência limpa de que tentei”, brinca a campeã.
    Priscilla viu seu nome viralizar recentemente quando Yudi Tamashiro revelou que contava nos bastidores que eles eram namorados, já que apresentavam juntos a antiga atração matinal do SBT. “Yudhi é meu irmão, um querido, como parte da minha família. Ele brincava com isso e eu ficava brava. Eu era uma adolescente super envergonhada que odiava falar desses assuntos de namoro, e ele era super maluco, mais velho do que eu, e implicava comigo. Foi a adolescência inteira com todo mundo especulando se a gente namorava, e ele confirmava, e eu ficava desesperada”, relembra.
    Discreta sobre a vida pessoal, Priscilla diz que se dedica para manter uma distância saudável do que é público e privado e acredita que a medida é necessária para sua felicidade.
    “É um desafio tomar passos tão grandes na frente de tanta gente. Existem pessoas torcendo e outras esperando que você falhe. É muito importante ter foco, estabelecer limites, saber quem são os verdadeiros amigos e ter uma boa base familiar. Tenho uma lista de prioridades, e meu trabalho não é uma delas, assim como a fama. Tenho consciência de que primeiro tenho que ter uma vida pessoal e relacionamentos bem ajustados. Tenho que estar feliz, e o resto é consequência. Pra mim é tranquilo porque comecei muito cedo, e já estou acostumada a me relacionar com público e mídia. Desenvolvi ferramentas para lidar com tudo de forma saudável e priorizar minha felicidade”, declara.
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