Acidente aéreo em Ubatuba: aeronave precisaria de pista maior para pouso seguro (Foto: Reprodução)
Uma pessoa morreu após um avião de pequeno porte ultrapassar a pista do aeroporto de Ubatuba, no Litoral de São Paulo, e explodir na Praia do Cruzeiro na manhã desta quinta-feira (9).
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Com isso, um vídeo mostra a aeronave saindo do aeródromo, passando a pista que margeia a praia e chegando à faixa de areia em chamas.
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Inicialmente, a Prefeitura de Ubatuba havia informado que duas pessoas haviam morrido no acidente. Às 11h23, a administração municipal corrigiu e informou que apenas uma pessoa morreu: o piloto.
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Cinco pessoas estavam na aeronave: o piloto morreu, segundo a Prefeitura de Ubatuba, e dois adultos e duas crianças foram resgatados com vida.
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Ainda não há informações até o momento sobre o estado de saúde delas.
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A Rede Voa, que administra o aeroporto, informou que o avião havia saído do Aeroporto Municipal de Mineiros, em Goiás, e tentou pousar em Ubatuba. Segundo a concessionária, “as condições meteorológicas eram degradadas, com chuva e pista molhada”.
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A Defesa Civil informou que cinco viaturas e 12 bombeiros atuam no local.
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De acordo com o Grupamento de Bombeiros Marítimo (GBMar), a aeronave passou por uma excursão de pista, que é caracterizada quando o avião sai da pista no momento de pouso ou de decolagem.
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A aeronave, com matrícula PR-GFS, modelo 525, foi fabricado em 2008 pela empresa Cessna Aircraft. Ela tem capacidade para sete passageiros, além de dois pilotos.
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O Cessna Citation PR-GFS, que ultrapassou os limites da pista do aeroporto de Ubatuba e explodiu na praia do Cruzeiro na última quinta-feira (9), exigiria mais espaço para um pouso seguro do que o disponível no local, conforme apontam dados técnicos da aeronave e do aeroporto.
De acordo com informações do G1, a pista 09, utilizada para o pouso, possui 940 metros de comprimento total, mas apenas 560 metros estão liberados para uso devido a restrições operacionais. Em condições de pista molhada, o manual do Cessna Citation C525 indica que seriam necessários, no mínimo, 685 metros para frear, mesmo com a aeronave no peso mais leve possível.
O acidente deixou o piloto morto. Os quatro passageiros, sendo um casal e dois filhos, sobreviveram e foram resgatados após a explosão da aeronave na faixa de areia.
De acordo com a concessionária Rede VOA, responsável pelo aeroporto, as condições meteorológicas eram desfavoráveis, com chuva e pista molhada no momento do pouso. Além disso, o aeroporto de Ubatuba não é controlado, o que significa que a coordenação de tráfego aéreo é realizada entre os próprios pilotos.
O acidente é caracterizado como “excursão de pista”, situação em que a aeronave ultrapassa os limites durante pousos ou decolagens. Relatórios do Cenipa, órgão da Aeronáutica responsável por investigar acidentes aéreos, mostram que o Brasil registra uma média de 28 ocorrências desse tipo anualmente.