“Foi uma pena que o Copom manteve [a taxa], porque quem está perdendo com isso é o Brasil, o povo brasileiro. Quanto mais a gente pagar de juro, menos dinheiro a gente tem para investir aqui dentro”, disse Lula em entrevista à rádio Verdinha, de Fortaleza, onde cumpre agenda nesta quinta-feira (20). (Foto: Agência Brasil)
O presidente também criticou o pagamento, via orçamento, de despesas financeiras com juros da dívida pública e com renúncia de impostos. (Foto: Agência Brasil)
Com bandeiras e carros de som, o grupo se reuniu em frente ao prédio do Banco Central (BC), criticando o presidente da instituição, Campos Neto, durante o protesto. (Foto: Agência Brasil)
Enquanto busca espaço para novos impostos para sustentar os gastos do governo, Lula acusou Campos Neto de comprometer a autonomia do Banco Central. Sob a atual gestão do BC, os juros da Selic caíram de 13,75% para 10,50% durante o governo do petista. (Foto: Agência Brasil)
De acordo com o site Diário do Poder, a crítica foi feita em entrevista à Rádio CBN nesta terça-feira (18), três meses após Campos Neto ter sido reconhecido como o melhor presidente de Banco Central do mundo pela revista Central Banking. (Foto: Agência Brasil)
Com isso, o Banco Central informou na última sexta-feira (7) que as transações via PIX registraram um novo recorde, com 206,8 milhões de operações em um único dia. Segundo a instituição, as transações somaram R$90,9 bilhões.
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“A cada ponto percentual que os juros se mantêm nesse patamar significa R$ 38 bilhões na dívida pública. É dinheiro que o governo poderia estar investindo em saúde, educação, infraestrutura, e está remunerando os juros da dívida, beneficiando um grupo de bilionários”, disse. (Foto: Agência Brasil)
Neiva destacou que a alta taxa de juros transfere recursos que poderiam ser usados para o bem-estar da população para especuladores financeiros. (Foto: Agência Brasil)
“Ainda é muito alta. Não dá para o Brasil fazer investimento”, afirmou Neiva Ribeiro dos Santos, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. (Foto: Agência Brasil)
Apesar das reduções, os sindicalistas consideram que a taxa de juros no país continua muito alta. (Foto: Agência Brasil)
De agosto do ano passado até março deste ano, o Copom reduziu os juros em 0,5 ponto percentual por reunião. Na última reunião, a redução foi de apenas 0,25 ponto percentual. (Foto: Agência Brasil)
Na última reunião, no início de maio, o Copom reduziu a taxa pela sétima vez consecutiva, para 10,5% ao ano, embora o ritmo de corte tenha diminuído. (Foto: Agência Brasil)
Hoje começa a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) para definir os juros básicos da economia. (Foto: Agência Brasil)
Os saques na poupança também ocorrem devido à manutenção da Selic, a taxa básica de juros, em níveis altos, o que estimula a aplicação em investimentos com melhor desempenho. (Foto: Agência Brasil)
Um dia após o Banco Central (BC) interromper o ciclo de queda da taxa Selic, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lamentou a decisão. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a taxa em 10,5% ao ano, conforme esperado pelos analistas financeiros.
“Foi uma pena que o Copom manteve [a taxa], porque quem está perdendo com isso é o Brasil, o povo brasileiro. Quanto mais a gente pagar de juro, menos dinheiro a gente tem para investir aqui dentro”, disse Lula em entrevista à rádio Verdinha, de Fortaleza, onde cumpre agenda nesta quinta-feira (20).
O presidente também criticou o pagamento, via orçamento, de despesas financeiras com juros da dívida pública e com renúncia de impostos. “Nós temos possibilidade de ter [este ano] um déficit de R$ 30 bilhões, R$ 40 bilhões. Aí eu fico olhando do outro lado da folha que me apresentam, só de juro, o ano passado, foram R$ 790 bilhões que a gente pagou. Só de desoneração foram R$ 536 bilhões que a gente deixou de receber. Por que não transforma em gasto a taxa de juros que nós pagamos?”, questionou o presidente. Pelas regras vigentes, despesas financeiras com juros da dívida não sofrem contingenciamentos.
Lula também comentou a falta de atenção do mercado às questões sociais. “Não vejo o mercado falar dos moradores de rua, dos catadores de papel, não vejo o mercado falar dos desempregados e das pessoas que precisam do Estado. Quem necessita do Estado é o povo trabalhador, a classe média, que é quem paga imposto nesse país”, insistiu o presidente durante a entrevista.
O presidente ainda criticou a autonomia do BC, que por lei assegura mandatos a seus diretores. “Eu fui presidente 8 anos. O presidente da República nunca se mete nas decisões do Copom e do Banco Central. O [Henrique] Meirelles [ex-presidente do BC] tinha autonomia comigo tanto quanto tem esse rapaz [Roberto Campos Neto] de hoje. Só que o Meirelles era um cara que eu tinha o poder de tirar, como o Fernando Henrique Cardoso tirou tantos, como outros presidentes tiraram tantos. Aí resolveram entender que era importante colocar alguém que tivesse um Banco Central independente, que tivesse autonomia. Ora, autonomia de quem? Autonomia para servir quem, para atender quem?”, questionou Lula.