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- Esses dados são parte de uma pesquisa de opinião sobre percepção pública da ciência e tecnologia (C&T), divulgada nesta quarta-feira (15) em Brasília pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), uma associação civil sem fins lucrativos supervisionada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). (Foto: Agência Brasil)
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- Embora a consciência sobre as mudanças climáticas seja quase unânime, há divergências sobre suas causas. Para 78,2% dos entrevistados, as mudanças são resultado da ação humana, conforme apontam estudos científicos. No entanto, 19,6% acreditam que essas mudanças são naturais, sem intervenção humana. (Foto: Agência Brasil)
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- A embaixadora Elizabeth Frawley Bagley disse que o financiamento “vai aliviar o sofrimento causado pelas enchentes no Rio Grande do Sul”. (Foto: G1)
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- Os Estados Unidos anunciaram nesta terça-feira (14) que vão doar itens que, somados, totalizam US$150 mil (R$770 mil, na cotação atual) a cidades do Rio Grande do Sul atingidas pelas cheias. (Foto: G1)
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- “Há uma injeção de recursos da ordem de R$ 50 bilhões no Rio Grande do Sul. Esta é uma primeira medida. Eu acredito que garantirá um fluxo de recursos importante neste primeiro momento, até que possamos ter uma visão mais ampla da situação, o que pode demandar medidas adicionais”, acrescentou Haddad. (Foto: Agência Brasil)
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- Uma pesquisa da Quaest divulgada nesta quinta-feira (9) aponta que 64% dos entrevistados acreditam que as enchentes no Rio Grande do Sul possuem ligação com as mudanças climáticas. (Foto: G1)
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- Bueno ainda lembra que todas as vítimas da tragédia no Rio Grande do Sul foram levadas para pontos mais altos da cidade de São Leopoldo. “Estamos atuando, neste primeiro dia, no Bairro Campina”, informou. (Foto: Agência Brasil)
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- Durante sua visita, o presidente Lula garantiu que a ajuda federal chegará “sem burocracia” ao Rio Grande do Sul. Ele também se comprometeu a apoiar o estado na reconstrução das rodovias danificadas pelas inundações. (Foto: Agência Brasil)
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- Durante sua visita, o presidente Lula garantiu que a ajuda federal chegará “sem burocracia” ao Rio Grande do Sul. Ele também se comprometeu a apoiar o estado na reconstrução das rodovias danificadas pelas inundações. (Foto: Agência Brasil)
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- O apoio vai também incluir produtos de higiene para mais de 3.200 pessoas e serviços de apoio à saúde mental e psicossocial para quase 5.000 pessoas em abrigos de 13 municípios afetados pelas enchentes no estado. (Foto: G1)
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- Chega a 100 o número de mortos após enchentes que atingem o RS. (Foto: Reprodução/Marinha do Brasil)
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- Com essa decisão, os limites e prazos estabelecidos na Lei de Responsabilidade Fiscal poderão ser suspensos, o que facilitará e acelerará o repasse de recursos federais para o estado, atualmente enfrentando a maior crise climática de sua história devido a enchentes. Além disso, o dinheiro destinado a essa finalidade não estará sujeito à limitação de empenho. (Foto: Agência Brasil)
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- “Quando chegamos encontramos uma situação dramática, com regiões em colapso por causa da enchente”, relatou o capitão Rodrigo Alves Bueno ao Correio do Estado. “Atendemos muita gente, muitas pessoas em cima do telhado das casas, muitas delas com mobilidade reduzida, algumas outras com deficiência”, complementa. (Foto: Agência Brasil)
A grande maioria da população brasileira (95,4%) afirma ter consciência das mudanças climáticas, enquanto apenas 3,5% dizem não ter consciência e 1% não sabe opinar ou preferiu não responder. Esses dados são parte de uma pesquisa de opinião sobre percepção pública da ciência e tecnologia (C&T), divulgada nesta quarta-feira (15) em Brasília pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), uma associação civil sem fins lucrativos supervisionada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
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Embora a consciência sobre as mudanças climáticas seja quase unânime, há divergências sobre suas causas. Para 78,2% dos entrevistados, as mudanças são resultado da ação humana, conforme apontam estudos científicos. No entanto, 19,6% acreditam que essas mudanças são naturais, sem intervenção humana.
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A percepção da gravidade das mudanças climáticas também varia. Cerca de 60,5% dos entrevistados consideram que as mudanças climáticas representam um “grave perigo para as pessoas no Brasil”. Outros 26,9% veem os riscos como “médios”, enquanto 11,8% acreditam que as mudanças são “um perigo pequeno” (8,2%) ou “não são um perigo” (3,6%).
Detalhes da pesquisa
A pesquisa foi conduzida na última semana de novembro e primeira semana de dezembro do ano passado, antes das tempestades e enchentes que afetaram o Rio Grande do Sul. Foram entrevistadas 1.931 pessoas com 16 anos ou mais, representando diferentes estratos por gênero, idade, escolaridade, renda e local de moradia em todas as regiões do país.
Essa é a sexta edição da pesquisa de opinião sobre percepção pública de C&T, com edições anteriores em 1987, 2006, 2010, 2015 e 2019. Os pesquisadores afirmam que não foram observadas mudanças significativas no interesse pelos temas abordados.
Interesse pela ciência
O interesse por ciência e tecnologia permaneceu no mesmo patamar das pesquisas anteriores (60,3%). Esse interesse é menor do que por temas como medicina e saúde (77,9%), meio ambiente (76,2%), religião (70,5%) e economia (67,7%). Ciência e tecnologia superam o interesse por esportes (54,3%), arte e cultura (53,8%) e política (32,6%). O interesse por política foi o único que cresceu significativamente nas duas últimas edições da pesquisa: de 23,2% em 2019 para 32,6% em 2023.
Apesar do interesse declarado em C&T, apenas 17,9% conhecem alguma instituição de pesquisa científica e 9,6% lembram o nome de algum cientista brasileiro importante. Também é minoritária a proporção de brasileiros que visitam espaços ou participam de atividades relacionadas ao conhecimento científico e/ou educação.
Desigualdade no acesso ao conhecimento
A pesquisa indica desigualdade no acesso ao conhecimento. O interesse em C&T varia conforme a região, idade, renda e participação política dos entrevistados. O interesse é maior nas regiões Norte e Sul, diminui com a idade, aumenta com a renda e é mais alto entre aqueles que participam de greves, manifestações, abaixo-assinados ou outras formas de manifestação política.
Para Yurij Castelfranchi, professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), os dados indicam que há no Brasil “pessoas excluídas da ciência” ou “exilados da cidadania científica.” Apesar disso, a maioria dos entrevistados acha a ciência relevante e sugere aumentar ou manter investimentos em ciência, mesmo em anos de crise. Em 2023, apenas 2,6% acreditam que o investimento em pesquisa científica deva ser diminuído.
Percepção sobre desinformação
A exclusão social não afetou a percepção dos perigos da desinformação. Metade dos entrevistados disse “se deparar frequentemente com notícias que parecem falsas”, e 61,8% afirmam nunca compartilhar informações sem verificar a veracidade. No entanto, 36,5% admitem já ter compartilhado informações falsas.
Cerca de 45,6% dos entrevistados “suspeitam da veracidade das informações provenientes de pessoas ou instituições das quais discordam”, enquanto 42,2% confiam nas informações de fontes que admiram. Pelo menos 40% só acreditam em uma informação se ela for corroborada por outras fontes.
Além de colher opiniões, a pesquisa do CGEE fez análise de conteúdo das reportagens sobre ciência nos jornais Folha de S.Paulo e O Globo, e avaliou postagens sobre a temática nas redes sociais Instagram e YouTube.
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