Anitta usou as redes sociais para ironizar o universo sertanejo após uma série de reportagens que apontam irregularidades no uso de verba pública de prefeituras para pagar milionários cachês a artistas, como Gusttavo Lima, Bruno e Marrone e Zé Neto e Cristiano. “E eu achando que estava só fazendo uma tatuagem no tororó”, disse a cantora. Até um movimento pró-CPI do Sertanejo já existe nas redes sociais.
Além do Twitter, a funkeira também fez o mesmo comentário em uma publicação de Hugo Gloss. Em seu Instagram, o jornalista reportava que a Prefeitura de Conceição do Mato Dentro (MG) havia se manifestado após o pagamento do cachê de R$ 1,2 milhão a Gusttavo Lima para que o cantor realizasse show na cidade mineira –o valor supostamente teria sido desviado de áreas como saúde e educação.
O sertanejo iria se apresentar em 20 de junho durante a 30ª C a v a l g a d a do Jubileu do Senhor Bom Jesus Do Matozinhos. Contudo, a prefeitura anunciou neste sábado (28) o cancelamento do show do artista e, também, da dupla Bruno e Marrone, que custaria R$ 520 mil.
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A polêmica entre Anitta e os sertanejos começou em 13 de maio, quando Zé Neto, da dupla com Cristiano, afirmou que os sertanejos não precisariam recorrer à Lei Rouanet, pois quem paga o cachê deles é o povo. “Nós somos artistas que não dependemos de Lei Rouanet. Nosso cachê quem paga é o povo”, disse durante um show.
Além da tatuagem, Zé Neto também levantou outra discussão em torno do cachê de artistas. Em seu Twitter, o jornalista Demétrio Vecchioli alertou que o show que a dupla sertaneja havia feito na cidade mineira havia sido pago pela Prefeitura de Sorriso –o valor do cachê era de R$ 400 mil. Ele também publicou quantias pagas pela administração pública de outras cidades à dupla.
De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, os documentos comprovam que Zé Neto, que atacou a Rouanet, usa verba pública como qualquer artista que recorre à Lei de Incentivo à Cultura. Ainda segundo a reportagem, outros artistas também usam a verba pública, mas são os sertanejos os que mais utilizam o recurso, pois “são eles que, diferentemente dos cantores de gêneros como o pop, percorrem o Brasil de Norte a Sul e vão a cidadezinhas do interior para se apresentar em festivais do agronegócio”.
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