Home NOTÍCIAS > MUNDO Torturado, homem tira a própria vida por não poder se divorciar e...

Torturado, homem tira a própria vida por não poder se divorciar e caso gera polêmica na Índia; entenda

Na noite de 9 de dezembro, um homem indiano de 34 anos, Atul Subhash, cometeu suicídio, deixando para trás uma carta de suicídio detalhada com 24 páginas e um vídeo de 81 minutos.

++Suzane Von Richthofen fecha documentário exclusivo no SBT: “Minha versão dos fatos”

Subhash culpou as dificuldades em seu casamento e o processo de divórcio pela sua decisão. A carta e o vídeo contêm detalhes dolorosos sobre sua vida e viralizaram nas redes sociais, provocando indignação e mobilizando os ativistas pelos direitos dos homens.

++Mecânico cria carro capaz de se mover no mar, mas dá ruim

Subhash era engenheiro de software e vivia em Bengaluru, no sul da Índia. Ele acusou sua esposa afastada, Nikita Singhania, sua mãe e o irmão de assédio prolongado e tortura, o que eles negam. Após a publicação da carta e do vídeo, os três foram detidos e a Justiça determinou sua prisão preventiva por 14 dias.

A legislação indiana sobre dotes, criada para proteger as mulheres contra o assédio e assassinato, é um tema delicado e controverso. A exigência de dotes é proibida na Índia desde 1961, mas ainda é uma prática comum, com 90% dos casamentos envolvendo dotes. De acordo com um estudo recente, os pagamentos realizados entre 1950 e 1999 totalizaram US$ 250 bilhões.

Entre 2017 e 2022, 35.493 noivas foram mortas no país por questões de dote, o que representa uma média de 20 mulheres por dia. Em 2022, mais de 6.450 noivas foram assassinadas por questões relacionadas ao dote, uma média de 18 mulheres por dia.

A Suprema Corte da Índia já alertou contra o mau uso da legislação em diversas ocasiões. Ativistas pelos direitos dos homens afirmam que a lei está sendo mal utilizada pelas mulheres para assediar seus maridos e parentes. A advogada Sukriti Chauhan defende que as mulheres que fizerem mau uso da lei devem ser punidas, mas também destaca que a lei é necessária para proteger as mulheres contra a violência.

Amit Deshpande, fundador da organização de defesa dos direitos dos homens Fundação Vaastav, afirma que a lei está sendo usada “principalmente para extorquir os homens” e que “milhares de outros estão sofrendo como Subhash”. Ele defende que as leis devem ser neutras de gênero e que deve haver punições rigorosas para as pessoas que fazem uso abusivo das leis.

O caso de Bengaluru corre na Justiça, e se for comprovada que as acusações são falsas, Singhania deverá ser punida. A legislação indiana sobre dotes é um tema complexo e controverso, e o debate sobre a sua revisão ou eliminação é um tema quente na sociedade indiana.

Não deixe de curtir nossa página no Facebook e também no Instagram para mais notícias do JETSS.

Translate »
Sair da versão mobile