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EUA descartam devolver armas nucleares à Ucrânia, afirma assessor da Casa Branca

Os Estados Unidos não estão considerando devolver à Ucrânia as armas nucleares cedidas pelo país após o colapso da União Soviética. A declaração foi feita neste último domingo (1°) pelo assessor de segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, em entrevista à ABC.

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A afirmação veio após uma reportagem do The New York Times sugerir que algumas autoridades ocidentais cogitaram a possibilidade de o presidente Joe Biden entregar armamentos nucleares à Ucrânia antes de deixar o cargo.

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“Isso não está sendo considerado. O que estamos fazendo é fornecer várias capacidades convencionais à Ucrânia para que ela possa se defender de forma eficaz e levar a luta aos russos, mas não [dar a eles] capacidade nuclear”, declarou Sullivan.

Contexto histórico e atual

A Ucrânia herdou armas nucleares da União Soviética após seu colapso em 1991, mas renunciou a elas em 1994, no Memorando de Budapeste. Em troca, recebeu garantias de segurança de Rússia, Estados Unidos e Reino Unido. Entretanto, a invasão russa em 2022 violou essas garantias, desencadeando a atual guerra.

Recentemente, a Rússia classificou como “insanidade absoluta” qualquer ideia de armar a Ucrânia com armas nucleares, alegando que evitar esse cenário foi um dos motivos da invasão.

Em outubro de 2024, o conflito atingiu um momento crítico. A Rússia lançou um míssil hipersônico de alcance intermediário em solo ucraniano, carregado com ogivas convencionais, mas com capacidade de transportar material nuclear. O ataque ocorreu após uma ofensiva ucraniana dentro do território russo, utilizando armamentos fornecidos por potências ocidentais.

A inteligência ocidental alega que tropas norte-coreanas estão sendo usadas pela Rússia no conflito. Embora nem Moscou nem Pyongyang confirmem ou neguem a informação, a cooperação militar entre os países tem chamado atenção.

Enquanto isso, o presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que as forças russas estão avançando de forma mais eficaz desde a substituição de seu ministro da Defesa, em maio. Ele reafirmou que a Rússia alcançará seus objetivos na Ucrânia, mas sem fornecer detalhes.

Por outro lado, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acredita que os principais objetivos de Putin incluem ocupar toda a região de Donbass (Donetsk e Luhansk) e expulsar as tropas ucranianas da região de Kursk, na Rússia, onde mantêm posições desde agosto.

Com milhares de mortos e o uso crescente de armamentos avançados, o conflito segue como um dos mais graves da história recente.

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