A Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) recebeu a denúncia de lavagem de capitais contra a ex-atriz da Globo, Érika Mader, a ginecologista Fernanda Mader e sua mãe, Patricia Mader – que é irmã da atriz Malu Mader. Também foi denunciado o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), Marco Antônio Barbosa de Alencar, marido de Fernanda e pai de Érika e Fernanda.
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A decisão foi unânime na votação de quarta-feira (4). Embora o parentesco com Malu Mader tenha sido mencionado na denúncia, ele não foi destacado no julgamento. Érika ficou conhecida por seu trabalho na novela “Paraíso Tropical”, da Globo.
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O inquérito envolve três episódios, sendo que os primeiros surgiram a partir da colaboração do empresário Raul Fernando Davies. No primeiro caso, Marco Antônio e sua esposa, Patricia, mantiveram duas contas não declaradas em um banco dos Estados Unidos, que foram abastecidas com supostos valores de corrupção.
Uma das contas recebeu US$ 5 milhões, conforme a denúncia. Dois anos depois, abriram uma conta offshore em Belize, no Caribe, que, em março de 2022, tinha um saldo de US$ 2,296 milhões, conforme extratos bancários obtidos pelo Ministério Público.
A ministra Maria Isabel Gallotti, relatora do caso, afirmou que a participação de Marco Antônio é central, não podendo ser separada dos outros envolvidos. Ela votou pelo recebimento da denúncia e determinou a citação dos réus.
Nos outros dois episódios, a denúncia afirma que Marco Antônio tentou usar empresas das filhas para simular contratos de serviços fictícios, com o objetivo de justificar os montantes de corrupção. Segundo o procurador-geral Hindemburgo Chateaubriand, Marco Antônio retirou R$ 500 mil em espécie da residência do empresário Alberto Bulus, que também foi citado na denúncia.
Os crimes de lavagem ocorreram entre 1999 e 2016 e foram revelados após a colaboração de Raul Fernando Davies e os empresários Jorge Davies e Alberto Bulus. Os dois últimos não foram denunciados devido aos acordos de colaboração firmados com o Ministério Público.
Durante a sustentação oral no STJ, a defesa de Marco Antônio e Patricia argumentou que a imputação de crime era “absolutamente improcedente”. Já a defesa de Érika e Fernanda solicitou a rejeição da denúncia. A advogada de Raul Fernando assistiu à sessão, mas não se manifestou.
O revisor do inquérito é o ministro Antonio Carlos Ferreira, e os demais integrantes da Corte Especial acompanharam integralmente o voto de Gallotti.
Em outra ação penal anterior, Marco Antônio Barbosa de Alencar foi acusado de organização criminosa, corrupção passiva e crimes contra o sistema financeiro nacional, casos revelados pela operação Quinto do Ouro.
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