O vazamento do documento, em julho de 2021, foi o estopim para uma investigação da PF que chegou ao tenente-coronel Mauro Cid, ex-chefe da ajudância de ordem da Presidência. (Foto: PF)
O vídeo da reunião ministerial em que Bolsonaro ofereceu o inquérito foi encontrado em um computador apreendido na residência de Cid. (Foto: PF)
A investigação, que culminou em uma operação nesta quinta-feira (8), cumpriu mandados de prisão e busca contra alvos próximos ao ex-presidente e que teriam arquitetado uma tentativa de golpe. (Foto: PF)
E segundo revelou à PF nesta tarde, uma das minutas identificadas, que teria sido preparada por pessoas ligadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em um planejamento de tentativa de golpe de estado, previa a prisão de autoridades. (Foto: Agência Brasil)
A PF deu 24 horas para que Bolsonaro apresentasse o passaporte. Agentes foram à casa onde ele se encontra, em Angra dos Reis, no litoral do Rio. (Foto: Instagram)
Segundo o site Metrópoles, até agora já foram presos Filipe Martins, ex-assessor para Assuntos Internacionais da Presidência, e o coronel Marcelo Câmara, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro na Presidência e atual segurança do ex-presidente, contratado pelo PL. Conforme a PF, Martins foi preso em Ponta Grossa (PR). (Foto: Instagram)
Além de Bolsonaro, estão na mira da PF: o presidente do Partido Liberal, Valdemar Costa Neto; o ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno; e os ex-ministros Braga Netto (Casa Civil) e Anderson Torres (Justiça). (Foto: Instagram)
Na operação, os investigados estão proibidos de manter contato com os demais investigados; de se ausentarem do país, com entrega dos passaportes no prazo de 24 horas; e suspensão do exercício de funções públicas. Dos alvos, ao menos 16 são militares. (Foto: Instagram)
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ofereceu a seus ministros e “a quem quisesse” um inquérito sigiloso da Polícia Federal (PF) sobre as urnas eletrônicas.
O vazamento do documento, em julho de 2021, foi o estopim para uma investigação da PF que chegou ao tenente-coronel Mauro Cid, ex-chefe da ajudância de ordem da Presidência.
O vídeo da reunião ministerial em que Bolsonaro ofereceu o inquérito foi encontrado em um computador apreendido na residência de Cid.
A investigação, que culminou em uma operação nesta quinta-feira (8), cumpriu mandados de prisão e busca contra alvos próximos ao ex-presidente e que teriam arquitetado uma tentativa de golpe.
O inquérito vazado apurava um ataque hacker ao sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Cid vazou o documento para Bolsonaro, que o utilizava para questionar a confiabilidade das urnas eletrônicas, mesmo após o delegado do caso negar ter encontrado indícios de fraude.
A divulgação do inquérito por Bolsonaro em uma live em agosto de 2021 deu início a uma investigação sobre o vazamento. A partir dessa apuração, a PF colheu provas que revelaram um esquema de: Mudança no cartão de vacinas de Bolsonaro;
Desvio de presentes entregues à Presidência; e a Tentativa de golpe de Estado.
O vazamento do inquérito sigiloso por Bolsonaro e as descobertas subsequentes da PF configuram um grave ataque à democracia brasileira. As investigações em curso devem ser concluídas e os responsáveis punidos de acordo com a lei.