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Carlos Bolsonaro é alvo da PF por, supostamente, estar envolvido no esquema de espionagem da “Abin paralela”

Nesta segunda-feira (29), a Polícia Federal (PF) cumpre,  mandados de busca e apreensão contra a “Abin paralela” do governo Bolsonaro.

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Na nova fase da operação, entre os alvos, estão o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos), filho do ex-presidente, e assessores dele.

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As apreensões acontecem na casa de Carlos Bolsonaro e também no gabinete dele, na Câmara Municipal do Rio de Janeiro.

Na operação, a PF investiga um esquema ilegal de espionagem durante o governo de Jair Bolsonaro. 

Vale ressaltar, que as buscas foram autorizadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Carlos entrou na mira da PF por ter sido supostamente recebedor de informações da chamada “Abin paralela”. 

Para a polícia, a Abin foi utilizada para espionar, através do uso do software FirstMile, adversários políticos e até ministros do STF.

Em nota, a PF informou que foram cumpridos nesta segunda oito mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro (5), Brasília (1), Formosa – GO (1) e Salvador (1).

“Nesta nova etapa, a Polícia Federal busca avançar no núcleo político, identificando os principais destinatários e beneficiários das informações produzidas ilegalmente no âmbito da Abin, por meio de ações clandestinas. Nessas ações eram utilizadas técnicas de investigação próprias das polícias judiciárias, sem, contudo, qualquer controle judicial ou do Ministério Público”, diz a nota. 

A investigação

Na última quinta-feira (25), foram cumpridos 21 mandados de busca e apreensão – o deputado federal Alexandre Ramagem (PL), que foi diretor da Abin entre 2019 e 2022 e comandaria o esquema de espionagem ilegal, foi um dos alvos.

Ainda segundo as investigações da PF, policiais federais que estavam na cúpula da Abin de Bolsonaro usavam serviços ilícitos para interferir em diligências da Polícia Federal que prejudicariam filhos do então presidente, como a que produziria provas favoráveis a Renan Bolsonaro, filho mais novo de Jair Bolsonaro.

Para a PF, a Abin também chegou a ser usada para a preparação de relatórios para a defesa do senador Flávio Bolsonaro (PL), também filho do ex-presidente, em investigação sobre “rachadinhas”.

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