O dólar fechou em forte alta nesta quarta-feira (18), atingindo R$ 6,2672, seu maior valor histórico. A moeda brasileira segue em queda, impactada pelas expectativas negativas do mercado em relação ao pacote de cortes de gastos enviado pelo governo federal ao Congresso.
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Na noite de terça-feira (17), a Câmara dos Deputados aprovou as primeiras medidas do pacote, que incluem restrições à ampliação de benefícios tributários quando houver déficits nas contas públicas e a ativação de “gatilhos” que limitam o aumento de gastos com pessoal em caso de déficit primário.
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A expectativa é de que a Câmara aprove outros pontos do pacote nesta quarta, como mudanças no salário-mínimo e abonos salariais. No entanto, os analistas duvidam da eficácia das medidas para controlar o endividamento público. Além disso, declarações recentes do presidente Lula consolidaram a percepção de que o governo não pretende avançar significativamente na contenção de despesas.
O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, caiu 3,01%, refletindo o clima negativo nos mercados. O dólar, por sua vez, acumula alta de 3,85% na semana e 4,44% no mês, avançando 29,15% no ano.
O pacote de cortes de gastos do governo federal visa economizar R$ 70 bilhões nos próximos dois anos e R$ 375 bilhões até 2030, com o objetivo de zerar o déficit público. No entanto, a falta de medidas estruturais, como a reforma da Previdência, levou os analistas a duvidar da eficácia das propostas, que não mexem com despesas significativas, como benefícios e investimentos em saúde e educação.
No cenário internacional, o Federal Reserve (Fed) dos EUA anunciou o corte de 0,25 ponto percentual na taxa de juros, agora entre 4,25% e 4,50% ao ano. A decisão não foi unânime, mas segue a expectativa do mercado. Os juros mais baixos nos EUA podem ser positivos para o Brasil, pois tornam os títulos públicos americanos menos atrativos, aumentando a demanda por ativos de países emergentes como o Brasil.
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