- Apesar de considerada vaga por especialistas, a inclusão do tema no documento oficial reforça o debate global sobre desigualdade econômica. (Foto: Agência Brasil)
- O texto, aprovado por consenso das maiores economias do mundo, reconhece a necessidade de cooperação internacional para garantir que os ultrarricos sejam efetivamente tributados, respeitando a soberania tributária de cada país. (Foto: Agência Brasil)
- O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu nesta segunda-feira os líderes internacionais para a Cúpula de Líderes do G20, que acontece no Museu de Arte Moderna (MAM), no Rio de Janeiro. (Foto: Agência Brasil)
- O documento, aprovado por consenso, destaca a necessidade de garantir que pessoas de patrimônio líquido ultra-alto sejam efetivamente tributadas. (Foto: Agência Brasil)
- O compromisso está na carta final da cúpula, divulgada no primeiro dia do encontro, que reúne as principais economias do mundo. (Foto: Agência Brasil)
- Sem abraços nem sorrisos, Lula e Milei têm 1º encontro frio durante G20 no Rio.
- Vale lembrar que mais cedo, durante sua participação em evento do G20 Social, a primeira-dama Janja da Silva xingou o bilionário Elon Musk durante fala sobre a necessidade de regulamentação das redes sociais. (Foto: Reprodução)
- O líder norte-americano desembarcou em Manaus nesta manhã, marcando a primeira visita de um presidente dos EUA em exercício à Floresta Amazônica, antes de seguir para o Rio de Janeiro, onde participará da cúpula do G20. (Foto: Facebook)
- “Devemos agir juntos para garantir que os super-ricos paguem sua cota justa em impostos, de modo a combater a desigualdade”, declarou Haddad durante a abertura da reunião ministerial do G20 em Washington, capital dos Estados Unidos. (Foto: Agência Brasil)
- O G20, grupo que reúne as 19 maiores economias do mundo, além da União Africana e União Europeia, aprovou na noite de quarta-feira (23) um roteiro de reformas para essas instituições financeiras. (Foto: Agência Brasil)
- O G20 é um fórum internacional que reúne as maiores economias do mundo para discutir a estabilidade econômica global. (Foto: Agência Brasil)
- Desse total, 13 eventos estão diretamente relacionados ao G20, com um impacto estimado de R$ 32,6 milhões, além de gerar R$ 1,6 milhão em Imposto sobre Serviços (ISS). (Foto: Agência Brasil)
- O documento inicial, que será entregue aos países do G20 em novembro, propõe um Plano Nacional de Mudança Climática centrado na adaptação e na resiliência para os grupos mais vulneráveis. (Foto: Agência Brasil)
- Entre as organizações envolvidas estão CNS, Instituto Clima e Sociedade, CUT, Cufa, MST, entre outras. (Foto: Agência Brasil)
- O G20 Social, criado pelo Brasil, oferece um espaço para a participação popular na formulação de políticas. (Foto: Agência Brasil)
- Mais de mil representantes participaram do encontro, que servirá de base para as reuniões do G20 Social em novembro, no Rio. (Foto: Agência Brasil)
Pela primeira vez, a declaração final de uma cúpula do G20, realizada no Rio de Janeiro, mencionou a importância da taxação de indivíduos ultrarricos. Apesar de considerada vaga por especialistas, a inclusão do tema no documento oficial reforça o debate global sobre desigualdade econômica.
++Como uma proposta de tributação progressiva, taxação de super-ricos é aprovada no G20. Entenda
O texto, aprovado por consenso das maiores economias do mundo, reconhece a necessidade de cooperação internacional para garantir que os ultrarricos sejam efetivamente tributados, respeitando a soberania tributária de cada país. No entanto, não especifica como a taxação será aplicada ou quais serão os mecanismos para evitar a evasão fiscal.
++Lula propõe “pilar social” no G20 e equilíbrio nas jornadas de trabalho
Bruno Lima Rocha Beaklini, doutor em Ciência Política, ressaltou que a operacionalização dessa proposta esbarra na legislação de cada nação. “O texto reconhece a relevância, mas não indica onde e como os recursos seriam arrecadados. Faltou apontar um caminho prático, como, por exemplo, ações diretas contra paraísos fiscais”, avaliou.
O documento também incentiva políticas fiscais progressivas, defendendo que aqueles que possuem mais recursos devem pagar proporcionalmente mais impostos. Para o professor Roberto Goulart Menezes, da UnB, a ênfase na soberania tributária indica que os recursos permanecerão nos países que os arrecadam, sem serem destinados a fundos globais supervisionados pela ONU.
“O Brasil tem um dos sistemas tributários mais regressivos do mundo, onde os mais pobres pagam proporcionalmente mais. Trazer o tema para o G20 é uma forma de politizar a desigualdade, com apoio de líderes como o presidente dos EUA, Joe Biden, e reforçar o combate aos paraísos fiscais”, explicou Menezes.
A ideia de taxar bilionários foi popularizada pelo economista francês Gabriel Zucman, que estima que a medida poderia arrecadar cerca de US$ 250 bilhões por ano, afetando aproximadamente 3 mil pessoas em todo o mundo, sendo 100 delas na América Latina.
A proposta foi elogiada pela ONG Oxfam Brasil, que apontou que o 1% mais rico do mundo acumulou dois terços da riqueza gerada entre 2020 e 2023, enquanto bilhões de pessoas enfrentam crises econômicas e climáticas. Viviana Santiago, diretora da organização, destacou o papel do Brasil em liderar o debate:
“Aplaudimos o Brasil por usar sua presidência do G20 para colocar o tema da desigualdade extrema em pauta. Esperamos que a África do Sul, próxima na presidência do G20, mantenha o tema como prioridade e avance nas ações concretas.”
Próximos Passos
Especialistas acreditam que a menção à taxação dos super-ricos abre espaço para futuras discussões, mas sua eficácia dependerá de acordos globais mais claros e ações coordenadas contra mecanismos de evasão fiscal. A expectativa é que o tema ganhe força nas próximas reuniões do G20, com a África do Sul dando continuidade ao debate em 2025.
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